14 dezembro 2011

Entender o que você busca para encontrar o que você precisa...



É exatamente isso... Eu estava em um vôo, num momento conturbado de minha vida, quando li essa frase na propaganda da PwCBrasil e me dei conta que muitas vezes procuramos algo que não sabemos o que é, que muitas vezes não precisamos, e por isso não achamos o que queremos. 
Claro que a reflexão que eu fiz não tem nada a ver com o mundo dos negócios ou com o escopo da propaganda em si, mas com os nossos sentimentos e com as nossas buscas interiores. 
A frase caiu como uma luva. As vezes na vida tudo o que devemos fazer é nos afastar de tudo e entendermos o que buscamos para encontrar exatamente aquilo que precisamos. Algumas vezes já temos o que buscamos e temos consciência disso (maravilha!!!), ou não (se ligue!!!); outras vezes podemos ter achado o que precisamos e queremos antes do tempo certo... é como uma fruta deliciosa que está verde, se você comê-la verde não será tão deliciosa e doce quanto se estivesse madura, mas o que fazer nesse caso? Resumindo em poucas palavras, poderemos guardá-la conosco e esperar que a fruta fique madura; podemos também comê-la verde mesmo, se contentando com o sabor não tão magnífico, mas que matará nossa fome; ou, por fim, comer outra fruta que esteja madura, no ponto que gostamos... A coisa certa a fazer? Só você, com seus ás, seus ús e ãos, vai poder dizer... Ninguém mais... 
Voltando ao assunto principal, podemos também não ter achado o que precisamos daí a busca vai ser mais árdua e penosa, principalmente se não soubermos os parâmetros de nossos desejos, mas nada impossível de se resolver... Pra tudo tem um jeito nessa vida, menos pra morte, diz sempre o meu pai e eu confio muito nele... Rsrsrsrsrs. 
Relaxe e continue buscando entender o que você quer, não se apresse e aproveite a jornada, que é muito boa... Rsrsrsrsrs. 
Apesar da diversidade de situações, em todos os casos é muito importante que nos afastemos de fatores externos que possam nos dispersar e que possamos refletir de modo aprofundado o que temos em mãos e, principalmente, o que iremos fazer com ela. Tem uma música do The Strokes que começa dizendo "10 decisões moldam toda a sua vida" e provavelmente esta será uma das decisões que irá marcar, moldar e dar uma direção, seja para o bem ou para o mal, em sua vida. Portanto, pense bem no que fazer... Mas se errar, não se desespere (isso é humano), tente consertar. Se não der, peça desculpas, tenter minimizar as dores que você causou, e entregue a Deus, Ele sabe o que é melhor pra você. 
Fica a reflexão de hoje... Saúde e felicidade (inclusive nas escolhas) para todos!!!

Garoto Bacana

13 dezembro 2011

Los Roques - Paraíso na Terra...


Desde que eu fui a Los Roques, que fica no caribe venezuelano, eu mudei o meu conceito do lugar aonde se encontra a paz... agora quando penso em um lugar que me transmita paz me remeto imediatamente àquelas praias cinematográficas de lá.


O lugar é de uma simplicidade franciscana... pra chegar, só se for em um pequeno avião que você tem certeza que irá cair, tirando a sensação claustrofóbica de se estar em uma aeronave que só cabem 10 pessoas e de forma apertada... hehehehe. Mas como você só descobre isso depois que já está na sala de embarque do aeroporto não tem mais como desistir...
Mas o deslumbramento começa ainda dentro do pequeno aparelho voador, quando se avista o mar transparente lá de cima. É lindo!
Na chegada o aeroporto é ao ar livre, na verdade é uma pista de pouso, o mecanismo de revista e anti-drogas são dois cães farejadores que ficam caminhando freneticamente em cima das malas que estão todas estendidas no chão do "aeroporto".
Após a liberação das malas vem um senhor muito distinto (que é seu anfitrião na Ilha), com um carrinho, para te levar para a sua pousada, mas isso é só pra quem já chega com pousada paga... na verdade eu não tive esse luxo, pra quem me conhece sabe que eu vou no faro, de aventureiro.
Como previsto fui com a mochila nas costas mesmo e sai buscando um abrigo pra ficar... a ilha é minúscula, por isso dá pra percorrer ela toda a pé, buscando o melhor custo/benefício da cidade...


Pra ser bem sincero eu gostei não ter ido com a pousada contratada, porque consegui ver várias outras e, apesar de todas muito simples, existem diferenças substanciais nos serviços que cada uma delas presta.
Eu fiquei em uma pousada simples, muito simples mesmo, sem refeições e sem passeio (paguei tudo a parte), mas muito limpinha e baratinha. As pessoas, na verdade a dona e a única funcionária, eram muito solícitas e amáveis, sempre me ofereciam comida de graça. Arepas, ovos fritos e bolos eram figuras cativas no cardápio.



Apesar de ter sido uma pousada simples a que eu fiquei, a maioria delas oferece um serviço completo, com todas as refeições inclusas, até mesmo um isopor com almoço, bebidas e lanches para se levar nos passeios às demais ilhas, além de algumas incluírem o próprio passeio às ilhas.
Por não ter muita opção gastronômica na ilha as pousadas capricham nas refeições, são pratos típicos com apresentação que não deixa nada a desejar a nenhum restaurante sofisticado, um negócio diferenciado e que destoa da simplicidade das pousadas e do próprio local.


A ilha é muito pequena e tem um pôr-do-sol fantástico. É incrível como as coisas simples e corriqueiras da vida podem ser maravilhosas quando nos detemos nelas.


Lá não tem internet fácil, apenas um pequeno estabelecimento, com cabines estreitas e quentes que alugam internet para os turistas, mas é muito útil.
A proposta da viagem deve ser, necessariamente, descansar e relaxar em um ambiente simples e sem muita sofisticação, qualquer intento fora desse propósito será frustrado... rsrsrsrs.


Por ser um arquipélago, cheio de pequenas ilhas ao redor (e não que Los Roques, a ilha principal, seja grande), a pedida obrigatória é se deslocar para as demais ilhas, e para isso tem várias lanchas saindo da marina local com destino a essas ilhotas. O preço vai variar de ilha para ilha, dependendo da distância que elas têm de Los Roques, e é muito fácil de localizar alguém que te indique algum lancheiro que leve você até alguma ilha, o preço do deslocamento é baixo e acessível.


O passeio funciona da seguinte forma: ele te deixa lá de manhã cedo e te busca no final da tarde (e são muito pontuais), você tem que levar comida e pode alugar o sombreiro e cadeira inclusos no passeio (o que eu recomendo).


Uma dica importante é que se a sua pousada não der o isopor com refeição e o sombreiro com a cadeira você deve, necessariamente, alugar o sombreiro e a cadeira porque o sol é muito forte (lembre-se que você estará na linha do Equador) e não tem aonde comprar comida em muitas das ilhas que se vai.


Imagine um pedaço de terra no meio do mar, sem nada e nem ninguém por perto, é assim que se descreve a maioria das ilhas que se vai.
Leve um bom livro (ou uma boa companhia) e se prepare para refletir sobre sua vida num silêncio e paz incríveis.


Outra dica imprescindível é alugar todos os dias um equipamento de mergulho simples (máscara, snorkel e pés de pato), custa muito barato e vale a pena tê-lo em mãos, pois não raro você vê lugares rasos, com águas transparentes, com uma variedade marinha incrível e que merecem um mergulho de snorkel.
Los Morquises, Francisqui, Nordisqui, Madrisqui e Cayo de Água foram as ilhas mais bonitas que eu achei... vale a pena!



  • Levem dinheiro se forem para lá, é muito difícil algum estabelecimento aceitar cartão. E troquem o dólar pela moeda local no aeroporto e não em casas de câmbio... vejam o post que fiz sobre a Venezuela explicado isso.



A noite sempre vale a pena dar um passeio e ver o pôr do sol no rochedo, nos dias em que você voltar antes do pôr do sol dos passeios às ilhas. É lindo...


Apesar de poucas opções tem um bom restaurante no local que chama Canto de La Ballena, comida MUITO boa, boas opções de vinhos, um precinho salgado, mas vale a pena... qualquer coisa de frutos do mar na ilha é muito bom, tudo fresco e saboroso.


No mais é isso aí, acho que deu pra se ter uma boa noção do que se esperar em Los Roques... lá é massa! Não deixem de ir...
Fica a dica... saúde e felicidades para todos.

26 outubro 2011

Felicidade...




Hoje tava indo pra trabalho no metrô e recebi um jornal daqueles que se recebem no metrô... rsrsrsrs, entre as matérias publicadas estava a entrevista com um cantor que eu nunca tinha ouvido falar... o nome dele é Marcelo Jeneci... lendo descobri que ele é autor de uma música cantada por Vanessa da Mata que chama "Amado"... desse fato me interessei pela reportagem e vi que o cara faz música pensando em passar coisas boas pros outros, seja explorando os momentos felizes seja os tristes... achei fantástico, cheguei em casa e fui ver a música, é bem simples, infantil até a balada, mas é uma balada bem feita, que embala levinho, relaxante, acho que bem a proposta do cara... e vou dizer mais: a letra é FANTÁSTICA, foi o que eu mais gostei, de longe... o conceito de felicidade que o cara traz na letra é IRRETOCÁVEL, dentro das minhas concepções e achei que a letra tinha tudo a ver com o blog e comigo.


Felicidade
(Marcelo Jeneci)

Haverá um dia em que você não haverá de ser feliz.
Sem tirar o ar, sem se mexer, sem desejar como antes sempre quis.
Você vai rir, sem perceber, felicidade é só questão de ser.
Quando chover, deixar molhar pra receber o sol quando voltar.
Lembrará os dias que você deixou passar sem ver a luz.
Se chorar, chorar é vão porque os dias vão pra nunca mais.

Melhor viver, meu bem, pois há um lugar em que o sol brilha pra você.
Chorar, sorrir também e depois dançar, na chuva quando a chuva vem.
Melhor viver, meu bem, pois há um lugar em que o sol brilha pra você.
Chorar, sorrir também e dançar.
Dançar na chuva quando a chuva vem.

Tem vez que as coisas pesam mais do que a gente acha que pode aguentar.
Nessa hora fique firme, pois tudo isso logo vai passar.
Você vai rir, sem perceber, felicidade é só questão de ser.
Quando chover, deixar molhar pra receber o sol quando voltar.

Melhor viver, meu bem, pois há um lugar em que o sol brilha pra você.
Chorar, sorrir também e depois dançar, na chuva quando a chuva vem.
Melhor viver, meu bem, pois há um lugar em que o sol brilha pra você.
Chorar, sorrir também e dançar.
Dançar na chuva quando a chuva vem.

O clipe é de uma simplicidade franciscana, mas é também FANTÁSTICO... 
O sino, os sons de casa, do rádio e de trânsito, na introdução da música, retratando uma casa humilde, deixando nas entrelinhas que felicidade se encontra sem dinheiro e na simplicidade, os velhinhos se cuidando mutuamente, o ambiente campestre, a cidadezinha de interior (que dou meu dedo apostando ser no nordeste... rsrsrsrs), a reunião de pessoas... e todas as outras pequenas coisas que representam efetivamente felicidade foram colocadas de uma forma muito feliz no clipe, vale a pena ver e fica a dica...
Felicidade e saúde pra todos!!!

Garoto Bacana

17 outubro 2011

Das partes que se faz o todo...



Ele que sempre busca algo pra fazer e é inquieto demais;
Ele sabe ser e ter;
Sente o mundo com a pele, sentimentos e sensações;
Gosta de liberdade e da natureza;
Queria saber tocar violão;
Sabe tudo e nada ao mesmo tempo;
Tem irmãos lindos;
Adora o final de tarde e o pôr-do-sol;
Mata e morre pelos pais e irmãos;
É otimista;
É sensível;
Vive intensamente;
Sente demais;
Chora em filme e de felicidade;
Adora crianças e plantas;
Fala inglês e espanhol, mas é louco pra aprender francês;
É casado e feliz;
Não vive sem os melhores amigos do mundo;
Acredita em um mundo melhor e procura ver as pessoas de um ângulo mais bonito;
Não sabe dizer o que é essencial;
Tem um primo-irmão;
Fica chato de quando em vez;
Adora olhar pro mar;
É impaciente demais;
Tem por meta de vida a felicidade;
Cozinha de tudo e não curte lavar louça;
Fura parede, troca tomada e consertas as coisas;
Conhece Hong Kong, Shangai e Los Roques e ama Paris e Nova York;
Quer ir ao Nepal e ao Tibet;
Se derrete com um sorriso;
Admira e “inveja” pessoas cultas, inteligentes e articuladas;
Gosta de museus e de conhecer as cidades andando de bicicleta;
Tem uma ânsia inexplicável por conhecer lugares novos;
Ele se permite;
Não programa nada, pra que a programação não falhe;
Não se admite falhar;
É orgulhoso;
Acha que já achou seu amor e quer ser pai;
Ninguém acerta cortar seu cabelo;
Sente uma eterna saudade daquilo que nunca viu;
Escreve em um blog;
Gosta muito de música;
Já machucou e foi machucado;
Não curte cinema, mas adora teatro;
Queria ser magro;
Tem em seus planos fazer uma tatuagem;
Adora o seu trabalho;
Presta muita atenção nas pequenas coisas da vida;
Adora simplicidade e sofisticação;
Respira, dorme, acorda, faz amor e sente preguiça;
Quem é ele? Quem é ele?

05 outubro 2011

A nossa liberdade é o que nos prende...


O título do post de hoje é uma frase de uma música de Jota Quest que chama MAIS UMA VEZ... eu adoro a banda e acho que em algumas músicas ele externa exatamente o que eu sinto, depois descobri que as músicas são de Rogério Flausino e Fernanda Mello, fantástico os dois!
Num primeiro momento, se formos analisar semanticamente, a frase é contraditória e ambígua... Ora, liberdade e prisão se completando em uma frase com motivo feliz? Como é que pode... ? Rsrsrsrs. Mas depois que você presta atenção no que ela diz é como se caísse a ficha, como se você descobrisse a senha de um e-mail que você esqueceu faz tempo, é como achar dinheiro perdido no bolso de uma calça antiga...
Pra mim é exatamente isso aí: A LIBERDADE É O QUE ME PRENDE... e só ela... porque liberdade alimenta o amor, o amor faz com que a gente goste mais de nós mesmos e quando a gente gosta da gente a gente consegue gostar mais fácil do outro e se entregar numa relação saudável.
O que prende a gente não é vigilância, não é controle, não á saber aonde o outro está, o que o outro pensa ou o que o outro fez e muito menos com quem o outro estava...
Fidelidade (que em minha opinião é diferente de lealdade) é algo que nós devemos a nós mesmos, e não ao outro. Se você resolve trair uma pessoa não vai ser o "pseudo controle" dela sobre você que vai impedir que você traia, mas sim sua consciência, sua razão de estar com aquela pessoa... e o que faz, em mim, eu ter a consciência de que eu não devo trair é a liberdade... quando você trai uma pessoa que te dá liberdade é como se você estivesse traindo duas vezes, acho que dói mais... Trair uma promessa de fidelidade é besteira, todo mundo faz, mas trair alguém que te dá liberdade (já que não é algo que todo mundo dá) é algo mais sério.
Óbvio que não estou dizendo aqui que não haverão traições, deslizes, amantes, mesmo com pessoas que respeitam o espaço do outro e que deixam ele livre, mas as chances são reduzidas, ou pra quem acredita em inevitabilidade da traição, demorará mais ou será algo efêmero e sem importância, pois a liberdade que você tem com o outro não é todo mundo que vai te dar.
E não pense que a liberdade serve exatamente pra trair... não mesmo... a liberdade serve pra preservar a sua individualidade, pra que você se estude e se conheça, pra que você analise seus pontos fracos e fortes e para que com esse auto conhecimento saiba quando está errado e quando está certo; para que saiba o que a pessoa que está ao teu lado te soma ou te subtrai... liberdade é sinônimo de auto conhecimento pra mim... eu preciso ser MEU pra ser do outro, não posso ser do outro sem saber quem eu sou, o que eu quero, o que eu gosto, de forma individualizada...
Quando eu ceder eu vou saber que estou cedendo porque eu saberia o que eu faria se estivesse sozinho e isso vai fazer eu ver que ceder é importante e necessário quando se vive a dois.
As vezes eu observo alguns relacionamentos que estão impregnados de ciúmes, não digo que estão nem certos e nem errados, cada um acha sua felicidade a sua maneira, mas sempre penso que eu não queria aquilo pra mim... eu não seria feliz daquela forma... sentir ciúmes é normal, mas daí impedir o outro de viver por causa de SEU ciúmes já vira algo doentio, é um egoísmo disfarçado em altruísmo...
Repito que as pessoas são HUMANAS, de carne e osso, e que a traição pode ocorrer em quaisquer incontáveis das situações de vida que podemos testemunhar nessa nossa longa jornada, mas liberdade é algo que é sempre bom e que acho deva ser cultivada!
Liberdade não é desatenção, nem falta de carinho, desamor, sinal de que não quer estar com o outro... liberdade é saber respeitar o lugar do outro, sem invadi-lo, mas fazendo parte dele... difícil, mas não impossível.
Pois hoje meu desejo é que a liberdade seja regra, e não exceção.
Beijo pra quem é de beijo e abraço pra quem é de abraço.
Saúde e felicidades pra todos...

Garoto Bacana.

18 setembro 2011

O "ser" intenso.


A implicação de se ser muito intenso é poder supervalorizar pequenas coisas irrelevantes e de transformar coisas cotidianas em problemas sérios.
Mas ser intenso é bom... desde que se preste atenção em si e que reflita sobre suas sensações e sobre sua vida.
Ser intenso pra mim é não ficar no meio termo, é ter opinião sobre tudo e sobre todos, mas não externar a sua opinião desnecessariamente. É ter atitude, fazer e dizer o que sente, prestando atenção pra não magoar ninguém e nem invadir o espaço alheio. É se bastar em si mesmo em termos de opiniões, mas nunca desconsiderando o que os outros dizem ou acham sobre certo tema. É se magoar por besteira e não reclamar com quem te magoou porque sabe ser exagero seu.  É fazer juízo de valor das coisas e pessoas, mas sem ter o intuito de depreciá-las ou de maculá-las, mas pelo simples fato de ser um ser pensante que tem suas opiniões íntimas e próprias sobre tudo o que lhe toca nessa efêmera vida, mesmo que muitas vezes seja um juízo equivocado (por isso que não é muito recomendado que se externe suas impressões desnecessariamente, eu descobri que elas são mutáveis...).
A intensidade traz maior percepção dos sentidos, aumenta sua sensibilidade, faz você ficar mais atento a pequenos detalhes da vida que passariam desapercebido, faz com que você se emocione mais, que sinta medo e prazer na superfície da pele e faz com que você não passe pela vida de modo linear...
Como tudo na vida tem um lado bom e um lado ruim basta que se preste atenção em si para que a intensidade seja sadia. A chave pra que dê certo é o equilíbrio, o meio termo, a parcimônia... tudo demais é ruim, até as coisas boas... e imagine então as que são potencialmente ruins... aí sim você tem que prestar MESMO atenção e usar somente a dose certa.
Sabe aquele lance de que os remédios e os venenos são feitos da mesma substância, o que diferencia um e outro é a dosagem? Pois bem, é exatamente isso... a intensidade pode ser extremamente positiva, caso você a use na medida certa, mas se errada pode ser um veneno dos mais poderosos.
Então sejamos intensos, na medida certa, nas coisas certas e parcimoniosos na hora do exagero.
Saúde e felicidade pra todos os intensos (e os não intensos também) que estão lendo o blog.

Garoto Bacana.

28 agosto 2011

Eu quero sempre mais!!!


As vezes me pego pensando o quão fútil eu sou e o quanto eu desejo coisas desnecessárias na minha vida... porque será que a gente não pensa no que quer antes de querer? Hehehehe...
As vezes você quer ser mais bonito, mas não sabe o que isso lhe traz de ruim; quer ser famoso, mas não sabe o quanto isso irá te limitar; quer ser rico, mas não sabe que isso vai tirar de você algumas coisas que só a simplicidade e a necessidade de se lutar por algo faz por um ser humano.
Deus sabe o que é melhor pra nós, em cada milímetro de nossas vidas, isso é fato! Então confie, Ele nos dá o suficiente (no meu caso até mais do que suficiente) para sermos felizes.
Teve um conhecido que um dia falou um lance muito certo: sofremos da SRC (Síndrome do Rabo Cheio), temos tudo o que podemos ter, somos inteligentes, articulados, bem aparentados, nos vestimos bem, mas sempre queremos mais e, em alguns aspectos materiais da vida, o céu é o limite.
Sempre vai ter alguém mais bonito, que tem mais dinheiro, uma marca mais cara, uma festa mais exclusiva, uma turma mais legal, mas temos que ter consciência que essa pessoa mais rica, mais bonita, também acha a mesmíssima coisa de um outro alguém, o que entra em um ciclo vicioso, infindável e irreal de uma ilusão de que poderíamos estar melhores do que estamos... mentira, falácia, balela, conversa pra boi dormir, conto do vigário... o ser humano é infinito nas suas vontades e desejos. Não que você não possa estar sempre melhor em algum aspecto, mas antes de querer se pergunte: É isso mesmo o que eu quero? Preciso disso pra ser feliz? E analise suas decisões e seus anseios...
Eu penso, e tento me pautar nesse pensamento (às vezes com falhas, claro!), que devemos ser felizes com o que temos, lutarmos por ter mais, mas principalmente termos a consciência de que NUNCA teremos o bastante e que, principalmente, devemos TOMAR CUIDADO para que essa sensação de insatisfação não nos retire o sentimento de FELICIDADE que deve advir das nossas conquistas. Querer sempre mais é sadio, desde que não lhe retire a felicidade e a satisfação de se usufruir do que já se tem.
Quando estou me sentindo assim eu procuro olhar as pessoas que me cercam e não é difícil constatar que 90% dessas pessoas estão em condições mais precárias que a minha e que nem por isso estão insatisfeitas com a vida que têm... a mim resta olhar com resignação para elas e agradecer o aprendizado que elas me proporcionaram, mesmo sem saber... me resta querer ajudá-las em troca, o que muitas vezes eu não consigo...
Festeje suas conquistas, se anime com suas vitórias, olhe pra o que você tem (seja material ou em termos de evolução espiritual) e se orgulhe disso! Foi você quem fez, do jeito que deu e de seu modo, seja lá o que for...
Tá insatisfeito? LUTE, mas sem esquecer de valorizar o que já tem e sempre lembrando que se não temos o que desejamos é porque não é o melhor para nós... CONFIE em DEUS...
Fica a dica pros amigos...
Beijo pra quem é de beijo e abraço pra quem é de abraço... felicidades e saúde para todos.

Garoto Bacana.

17 agosto 2011

Paz


Sinto paz, paz de um sorriso.
Paz de amar, de ser amado.
Paz de amor, de ser feliz.
Paz de ter e ser amigo.
Paz de ser como eu sou, com todos os defeitos e qualidades.
Paz por tentar equilibrar e por ser pelos outros equilibrado.
Paz por ter serenidade de observar e admirar o que é pequeno e imperceptível aos olhos apressados do dia a dia.
Paz por ter resignação e consciência que não sei tudo e que ainda tenho muito o que aprender.
Paz por saber que ainda tenho muito o que fazer nesse mundo, apesar de as vezes achar que já fiz demais.
Paz por poder amar a quem não conheço e ser amado e admirado por desconhecidos.
Paz por ver o mundo de uma forma particular e sensível.
Paz por poder ser assim e reconhecer que tenho limitações e por reconhecer que cada um sabe de si e de suas fraquezas, desejos, crenças, hábitos.
Paz por tentar não julgar e por ter força, compreensão e indiferença quando sou injustamente julgado.
Paz por querer e desejar a todos, paz!

Garoto Bacana

Sol e chuva...





Essa reflexão eu tive um dia quando estava chegando de avião em Natal-RN... cheguei em um dia nublado, chuvoso... mas quando o avião estava lá em cima, tudo estava claro, o sol estava a pino... nós estávamos acima das nuvens carregadas... imediatamente fiz a ligação com os problemas do dia a dia, das dificuldades que temos que enfrentar diuturnamente, peguei o papel, consultei o coração e rabisquei essas linhas que agora divido com vocês...

"O sol continua brilhando acima das nuvens nos dias de chuva. Com isso vemos que a chuva, por mais importante que seja, é sempre passageira, em situação diametralmente oposta a do sol, que é eterno e que nunca deixa de brilhar, mesmo que escondido sob as nuvens... a chuva não apaga o sol, ela só não deixa a gente ver com clareza que o sol ainda está lá, brilhando!!!"

Felicidade e saúde para todos...

Garoto Bacana

16 agosto 2011

Viver e morar bem!!!


Como procurar uma casa pra morar... complicado isso, viu? Você busca nos jornais, nas imobiliárias, liga, marca com o corretor ou com o proprietário, vai ver uns imóveis que você preferiria sequer ter perdido o seu tempo em ver e fica com um aperto no peito achando que não vai encontrar "o" lugar ideal.
Me lembro de já ter pulsado em mim essa mesma sensação outras vezes em minha vida, mas é sempre a mesma coisa, você acha que não vai encontrar um local legal pra morar pra ter como seu... tudo é meio velho, meio acabado, meio fora de suas propostas... até que um dia ou você cansa e se adapta à imperfeição, ou você encontra o lugar perfeito.
Pra ser bem sincero eu nunca encontrei a perfeição, sempre me adaptei aos pequenos defeitos dos imóveis que eu aluguei, e todas as vezes que saí dele queria encontrar um igualzinho no novo lugar de destino... hehehehe.
É incrível como os lugares são feitos de suas impressões, do que você viveu ali, de como você foi feliz... não é só físico, tem um componente psíquico fortíssimo na escolha de seu lar.
Procuro sempre um lugar claro, que caiba as minhas coisas de uma forma perfeita (sem sobrar e nem faltar), arejado (isso é importante), silencioso, com uma vizinhança legal, em um bairro legal, enfim... vou buscando tudo pra ver se acho pelo menos uma boa parte do que quero, mas sei que não vou ter tudo.
Acho que hoje eu sou bem mais tranquilo em relação aonde eu posso morar... tem que ter potencial, não precisa vir pronto! Hehehehe... só não queria que tivesse taco como piso, mas tudo bem, talvez esse seja um defeito que Deus quer ver corrigido em mim. Kkkkkkkkkkk.
Continuo na busca, tentando achar, errando, vendo imóveis acabados, tristes, alguns até pesados, mas hei de encontrar!!!
Nesse momento estou esperando pra ver um apartamento da mãe de um colega... se der certo podem ter certeza que será mais uma daquelas histórias que só acontecem comigo e que comprovam a existência de Deus... kkkkkkkkkkkk, mas deixe acontecer que eu conto aqui, prometo! E se não acontecer, paciência, faz parte do aprendizado e vamos naquela máxima de que "Deus sabe o que é melhor pra gente!".
Torçam por esse "Garoto Bacana" que está pondo em prática algumas das lições que recebeu da vida neste exato momento de sua existência... hehehehe. Tomara que venham outros aprendizados agregados...
Que desabafo bom esse blog, viu?
É isso aí... beijo pra quem é de beijo e abraço pra quem de abraço!
Felicidades e saúde pra todo mundo (e um bom cafofo pra mim, né? Rsrsrsrs).

Garoto Bacana

09 agosto 2011

A grata surpresa da Venezuela...


Olha, viajar é o alimento da alma mesmo... e ainda mais quando as viagens despretensiosas viram viagens inesquecíveis... eu tenho a teoria de que quando não se tem pretensão nas coisas, quando não se cria uma expectativa, tudo fica mais fácil de ser inesquecível... quer comprovar? Pense em todos os importantes momentos de sua vida ou das pessoas importantes que por ela passaram (e ficaram) e veja se muitos desses momentos e muitas dessas pessoas não vieram nos momentos mais inesperados e despretensiosos de sua vida...
Mas bem, voltando ao foco da viagem: estava eu na internet, num belo dia, na minha casa, quando um grande amigo de infância me liga e diz que está tendo uma promoção da TAM, de 4.000 milhas, pra Venezuela... e me chama pra acompanhá-lo na empreitada... eu, com meu parco juízo e com a certeza de que a viagem valeria a pena nem que fosse pela companhia do querido amigo, topei na hora!
Mas também tenho outra mania... a de não querer viajar poucos dias... costumo dizer que a viagem ideal dura entre 10 e 23 dias... portanto, procuro sempre viajar dentro  desse prazo... e assim o fiz. Combinei com o amigo que iria com ele, mas que iria comprar a passagem de ida 7 dias antes, totalizando 12 dias de viagem, tentei persuadi-lo a ir comigo, mas não consegui... ele tinha que dar plantão pra pagar a viagem... vida de médico é osso!!! Hehehehehe.
Pois bem, comprei as passagens pra passar 12 dias na Venezuela... e, somente 3 meses depois de compradas as passagens, faltando apenas 2 semanas pra o início da mesma, decidi decidir pra onde iria e o que eu faria durante essa viagem.
Postei no meu facebook a minha ida pra Venezuela e pedi auxílio aos viajados amigos virtuais... muitas dicas vieram no sentido de eu ter que visitar Los Roques e eu, obediente que sou, segui os conselhos dos amigos... providenciei as passagens em uma agência Venezuelana, tudo através da internet, apostando na sorte (que deu certo, segue o site pra quem precisar: http://www.lltoursvenezuela.com), e segui meu rumo...
Decidi ficar 03 dias em Caracas, capital venezuelana, 05 dias em Los Roques, dica dos amigos facebookianos, e 04 em Isla Margarita, que meu amigo de infância, aperriado como só ele, já tinha organizado todo o itinerário, reservado o resort e feito toda programação que não funcionou sequer 50% do almejado (por isso eu não me programo... kkkkkkkkkkk), mesmo com os 03 meses de antecedência no planejamento e ainda ficou reclamando comigo porque eu não me organizava nos demais destinos que decidi visitar...
Iniciei a viagem perdendo o vôo da ida porque a TAM cancelou o vôo de Brasília pra São Paulo e não me avisou... só pude embarcar um dia depois... mas como eu estava de férias resolvi que isso não iria me chatear e voltei no outro dia como se fosse o primeiro dia de minhas férias... lembrem-se: a felicidade é a gente que faz... não adianta ficar com raiva das situações ou tentar mudar coisas que não são mutáveis... o lance é se resignar e aproveitar o que dá... eu me lembro sempre de que Deus sabe o que é melhor para mim, se eu não fui no dia que eu planejei ir era porque não era o dia que Ele planejou eu ir, portanto, sorria e vá no dia que Ele determinou... e assim o fiz!!!
Dia seguinte estava lá e foi tudo uma maravilha... a ida foi super tranquila... li um livro todo, de testa (As Montanhas de Buda, do post passado)...
Cheguei em Caracas e já fui abordado pelos taxistas e pelos caras que trocam o dólar pelo Bolivar Forte (moeda local)... é interessante a forma como os caras te abordam... tudo muito escondido, tudo muito cochichado, de olho na polícia nacional (que não é um modelo de honestidade), pois parece que é crime cambiar os dólares na Venezuela (eu só soube depois...).
Deixe eu abrir um parentese antes de entrar na viagem propriamente dita para tocar num ponto curioso da Venezuela... a moeda local (BsF) é mantida forte artificialmente pelo governo venezuelano... tudo para manter uma aparência de economia estável e para que não haja uma evasão de divisas em massa, entre outros complicadores econômicos que não me cabe explicar aqui mas que é muito interessante entender... dessa forma, oficialmente, ou seja, na casa de câmbio oficial, U$ 1,00 vale exatos BsF 4,00, enquanto que no mercado negro, como eles falam lá, cada dólar sai a BsF 8,00, exatamente o dobro, ou seja, comprar com cartão de crédito lá é roubada, porque o dólar da conversão do cartão é o oficial... o lance é levar dólar em espécie e cambiar a moeda por lá mesmo, e acredite, é muito fácil de trocar o dólar lá... todo mundo quer comprar seus dólares... desde os cambistas até a moça da farmácia na hora que você está comprando um produto deles...
E isso é fácil de entender... com essa economia oscilante dos venezuelanos, nada melhor que comprar dólar e deixar ele guardado. Poupança, renda fixa, ações, imóveis, são investimentos arriscados em países com a economia instável, por isso que é bom pra eles comprar o dólar... lembro que no Brasil essa prática também já foi muito utilizada pela classe média alta, que via na compra de dólar um excelente negócio, esperando a valorização inevitável do dólar frente a moeda nacional... mas enfim, não vou me imiscuir em matéria alheia ao meu conhecimento...
O fato é que cheguei, fiz logo amizade com um taxista, e combinei com ele que se me conseguisse trocar os dólares a 8 BsF eu pegaria a corrida com ele até o hotel... bem, ele conseguiu subir de 5 BsF, que era a proposta inicial do cara, para os 8 BsF que eu queria, claro não sem antes querer me passar a 7, 7,5 e 7,8 BsF, mas o cara tem que ser bom de negócio e segurar a onda... hehehehe.
Outra dica: anote os números de séries de seus dólares, eles pegam as suas notas e trocam por notas de dólar falsificadas... anote e diga a ele que anotou e de preferência entregue os seus dólares todos grampeados e juntos...
Parte dos dólares transformados em moeda local segui meu rumo com o taxista, conforme combinado... sei que ele cobrou mais caro a corrida, mas eu estava no lucro por causa do câmbio que consegui... ele cobrou 20 BsF a mais que o normal, mas valeu muito a pena...
Como Caracas fica a mais ou menos 45 minutos da cidade aonde fica o aeroporto (Maquetia) fui conversando com o taxista sobre os bons locais a se visitar em Caracas e o que era bom de fazer... conversamos muito e ele me deu várias dicas... logo no começo o colega me falou que a cidade está a 800m acima do nível do mar, o que faz com que a cidade fique com um clima mais aprazível que lá embaixo (o aeroporto fica na beira do mar, muito parecido com o Santos Dumont, no Rio, e as semelhanças com o Rio não param por aí... subindo a serra vi muitos "barrios" que são as nossas famosas favelas... e a cena parecia muito com a Favela Rocinha a noite... só as luzes subindo o morro... bonito de ver... e conversando com o taxista ele me revelou a situação sócio econômica da Venezuela e a barra pesada que é viver nesses locais...


Seguindo, enfrentamos um trânsito gigante, como toda cidade grande, e fui para o hotel... Detalhe: como os taxis de lá não têm taxímetro fiquei tranquilo (ou não)... eles cobram preço fixo! Hehehehe...
Confesso que eu não me senti muito tranquilo de sair a noite... tava com muita fome, falei com o pessoal da recepção do hotel que me aconselhou não sair a pé pelas redondezas, fui só até a esquina pra tentar comer, mas não encarei o rango... hehehehe... tava com  o aspecto ruim demais... self service chinês com cara de final de feira, sabe como é? Voltei pro hotel e fui dormir com fome...
As pessoas te fazem muito medo... não andar de relógio e nem de corrente no pescoço, prestar atenção ao redor, não vacilar no metrô, tomar cuidado se a polícia te abordar (eles são corruptos e extorquem os turistas)... a sensação de segurança por lá não é das melhores... mas andando com atenção dá pra ir de boa.
Acordei empolgado pra tomar café da manhã no hotel... ledo engano... kkkkkkkkkkkkkk... que prestasse só tinha suco, queijo e presunto... hauahauhaua... mas a fome era tanta que eu comi umas arepas (prato típico deles que parece com aquele grude de goma lá do nordeste) com um peixe refogado que tava ruim pra caralho!!! Huahauhauaha... mas com fome, vale tudo... comi e fui pegar o metrô...
Andei a capital toda de metrô... foi muito legal... eu gosto demais de sair pelo mundo e saber me virar sozinho em todos os cantos... tentei comprar um mapa de Caracas, mas não se vende (a cidade não é muito preparada pra o turismo), então o lance foi perguntar antes pra recepcionista do hotel em que estações descer e ir no tato... como sempre deu tudo certo... kkkkkkkkkkk.
Primeiro o valor do metrô é R$ 0,25 por viagem e enchi o tanque do carro que eu aluguei por R$ 0,58... é isso mesmo, 40 litros por R$ 0,58, MUITO BARATO... essa é uma faceta boa do socialismo, em que pese eu, particularmente e sem tom de crítica, achar se tratar de um sistema fadado ao fracasso por causa da própria natureza humana, mas enfim, nada de economia, nem de antropologia e muito menos sociologia hoje, né? Hehehehe...
O metrô é bom e funciona bem, só não cobre todos os lugares da cidade, mas uma boa parte dela... e em alguns pontos pega-se o metrô e se vai até o local de destino de táxi ou da "carreta"...
Bem, segui pra os meus passeios culturais... visitei prédios históricos, mercados, museus, ruelas, ruínas e conheci um pouco mais da história de Simon Bolivar, que é o herói da independência venezoelana...


Fui ao Capitólio, um prédio belíssimo, de 1872, aonde fica o legislativo nacional... também é conhecido como Palácio Federal e tem uma cúpula dourada saindo de suas estruturas... lá tem uma espécie de museu de Belas Artes Histórico, com obras da época da construção, mas que eu não pude visitar porque estava fechado... tenho que voltar lá pra ver!
A Plaza Bolivar também é um local muito interessante... marco da história da independência venezuelana e palco de massacres políticos.


Quando eu estava caminhando pela praça vi as filmagens de uma cena de um filme de época... muito interessante, mas o figurino era simples, devia ser uma locação bem simples também, mas foi interessante de ver.
Simon Bolivar é um ícone pra eles, realmente era um homem visionário, com intento de libertar a América e de ser independente do velho mundo. Ele fundou e foi presidente da Grã Colômbia, formada pelos atuais países da Colômbia, Venezuela, Equador e Panamá. Fui à casa aonde ele nasceu, tem um pequeno museu histórico lá com algumas obras de arte e objetos pessoais dele, inclusive a sua certidão de batismo.


Os prédios históricos são bem conservados... a cidade é muito interessante...
Fui também ao topo da montanha de Ávila... Caracas fica aos pés dessa cadeia montanhosa e lá de cima você vê, de um lado, o mar do Caribe venezuelano e do outro Caracas... o lugar é realmente muito especial... num total de 2.600m de altitude.
Tem um teleférico que leva você até o alto... no começo eu pensava que era igual o bondinho do Pão de Açúcar, mas quando entrei no bonde e que se passaram quase 20 minutos de subida ininterruptas pude ver o quanto é alto o negócio... hehehehe.


Chegando lá em cima a sensação de falta de ar e de cansaço é normal, os guias já avisam... o ar fica mais rarefeito e a temperatura vai para agradáveis 15 graus... tem lanchonetes e muitas opções de guloseimas locais como a Chica, que é um iogurte de leite de arroz e leite condensado, arepas, empanadas, que é um risólis de massa de milho, e um prato delicioso que é como se fosse uma pamonha recheada na forma de um acarajé, com uma salada de repolho e cenoura crús... uma delícia, mas que não sei o nome... hehehehe. Comi sem saber... kkkkkkkkkkkk.


O lugar vale mesmo a pena ser visitado, pra mim foi o local aberto mais legal que visitei por lá.
Além das montanhas de Ávila Caracas é uma cidade cheia de boas opções gastronômicas, com excelentes restaurantes... o point do lugar é o bairro de Las Mercedes... mas não fui a nenhum dos restaurantes que eu vi, apenas um pub, que era restaurante e que virava uma boite mais pro final da noite... interessantíssimo o lugar... e o que eu achei mais legal é que na balada  não rola apenas músicas estrangeiras, como no Brasil, eles tocam muitas baladas nacionais, em espanhol e com um ritmo contagiante... chama-se Regaton... além de música eletrônica e dance em espanhol... uma delícia de ouvir e de dançar.
As mulheres são todas muito bonitas, simpáticas e bem arrumadas... tem um ditado local que fala que as mulheres afirmam: "antes a morte do que ser sem sal" em tradução livre, mas que quer dizer que as mulheres locais se arrumam muito bem e estão sempre muito bonitas, em qualquer ocasião, de fato fiquei bem impressionado, com todo o respeito à minha esposa, claro... rsrsrsrs.
Outro capítulo a parte e que não deve ser deixado de lado durante uma visita à Caracas é o Museu de Belas Artes de lá... o prédio é espetacular... fachada tradicional, com colunas em estilo romano (mas ele é em estilo neoclássico), mas quando você entra o prédio vai te levando em uma viagem no tempo... logo após a entrada em estilo romano tem um pequeno lago artificial, com duas árvores e um jardim, lembrando o parnasianismo... contato total com a natureza... quando você vai entrando, tem uns pequenos ambientes com lojas, lanchonetes, um café muito bom (que claro eu não poderia não tomar... hehehe) e um espaço para os estudantes, tipo um grande parque, na lateral do museu... mas o prédio que abrigava as salas de exposição foi o que mais me impressionou, de um modernismo digno de Oscar Niemayer... a cada andar o prédio se dividia para a esquerda ou para a direita, alternando os andares e podendo se ver de um andar o outro... as estruturas eram de concreto armado aparente (estilo brutalista), apenas pintado em uma cor escura (um cinza esverdeado), me lembrou muito o prédio da reitoria da UFRN, lá em Natal-RN... o prédio não é grande e nem as obras são conhecidas, mas as telas e obras em exposição são belíssimas e se você prestar atenção a esses detalhes a visita fica intrigantemente interessante...

















Vi uma exposição de um artista venezuelano cuja obra é reconhecida mundialmente, esqueci o nome dele agora, mas ele pinta uma espécie de metamorfose das pessoas, indo de pessoas à monstros e figuras deformadas... é muito densa a exposição dele e posso dizer que ele exprime bem a visão pessimista que ele tem do mundo e das pessoas, mas extremamente interessante do ponto de vista pessoal e individual de cada um que vê a exposição com suas impressões sobre o mundo...
De fato uma vez ouvi que o artista quando faz sua arte ele joga pro mundo uma impressão que vai ser mudada, interpretada e até deturpada por causa das experiências pessoais de cada um dos destinatários da obra... e assim foi comigo... o tempo todo a exposição mostrava a mutação de mulheres e homens bonitos e esteticamente perfeitos para monstros, cadáveres em decomposição, vampiros, mas eu sempre enxergava da faceta desfigurada para a mais agradável, vendo aquilo como uma evolução humana... achei intrigante saber depois da visão pessimista do artista sobre o caráter humano e suas impressões negativas sobre o mundo... depois de ter essa informação rodei novamente a sala de exposição com uma perspectiva totalmente diferente da primeira análise (que era minha visão sobre os quadros, e não a do artista).
De lá fui no museu de arte natural, que é bem simples e que conta com alguns animais empalhados... e depois fiquei cansado, mas queria muito ter ido ao museu de arte contemporânea, mas não deu... hehehehe.
Não consegui ir a nenhum mercado público e nem a feiras livres, só de artesanato mesmo... que ficava no largo de fronte à área dos museus.
Sobre a política tive a oportunidade de conversar com alguns jovens vanezuelanos de minha idade (trinte e poucos anos)  e a impressão que eu tive foi a de que eles são extremamente politizados e insatisfeitos com o socialismo... o desemprego é uma preocupação constante, porque não há estímulo para que multinacionais e grandes empresas se instalem no país (por causa do socialismo não há esse tipo de incentivo) e trabalhar para o governo como funcionário público não é tão cobiçado quanto aqui no Brasil... as eleições presidenciais acontecem esse ano ainda e parece que vai ferver o negócio por lá... só que o socialismo agrada às grandes massas pobres da Venezuela, que é quem elege os seus representantes, vamos ver o que vai ser dessa eleição, né?
Bem, nesse dia tive muita chance de treinar meu espanhol com os amigos do meu amigo brasileiro... tomamos umas garrafas de vinho num pub que era meio que um quiosque de shopping, sabe como é? Mas o vinho estava na temperatura perfeita e muito bom... lá a tradição é mesmo dos vinhos chilenos... não conhecem os vinhos brasileiros (que eu reputo dos melhores, apesar de não reconhecidos) e nem consomem os argentinos, apesar de conhecê-los.
A Colômbia é um país muito próximo (geográfica e culturalmente falando), acredito eu pelo início da história de ambos os países. O Brasil é visto por eles como uma grande potência econômica e o precursor do desenvolvimento na América do Sul.... mas culturalmente não têm qualquer afinidade conosco... os venezuelanos são muito americanizados, por isso tanta raiva dos socialistas de plantão, tanto é que o esporte preferido é o beisebol, esporte tipicamente americano... rsrsrsrsrsrs. Futebol é esporte de segundo escalão.
Uma coisa legal que eles falaram era a necessidade de no Brasil se adotar o espanhol como segunda língua e dos demais países da América do Sul adotarem o português como segunda língua adotada nas escolas, tudo isso para fortalecer o bloco econômico que se desenha com o MERCOSUL... achei isso fantástico... claro que já tinha ouvido isso aqui no Brasil, mas ouvir dos venezuelanos deu um ar de materialidade ao intento, mesmo porque acho a medida fantástica!!! Integrar o bloco econômico que tem que se fortalecer, como "hermanos" que são é medida necessária para o desenvolvimento da América do Sul... fantásticos os venezuelanos terem essa consciência, mesmo que socialistas e fora do bloco econômico formado, por suas próprias convicções políticas (em que pese as tratativas para a sua entrada no MERCOSUL).
Pois é, ainda conheci umas moças na fila do aeroporto que iam pra São Paulo, tratar de importação de açúcar do Brasil pra Venezuela... da conversa com elas peguei algumas nuances sobre a forma que se desenvolve o comércio... eles compram o açúcar do Brasil, e têm que ser bem mais astutos como comerciantes ordinários, porque convencer brasileiro a vender e entregar o produto pra só depois receber a contrapartida (porque o governo venezuelano obriga os importadores a fazerem assim, pois eles têm que antes nacionalizar o dólar que vai ser a moeda na importação) é uma obra de mestre... mas os exportadores brasileiros sabem dessa exigência governamental venezuelana e parece que negociam com os "hermanos"... mas chegando o produto na Venezuela, ou seja, na empresa que importa o produto, a margem de lucro possível para o empresário é taxada pelo governo... eles não se regulam pelo mercado, não têm livres preços, o governo tabela e eles só podem lucrar aquilo e pronto! Os preços só viram livres nas bancas e pequenos mercados... e daí sim há uma margem de lucro pra o pequeno comerciante, mas nunca para o grande, que é o que importa o produto e muitas vezes o beneficia.
Interessante ver como a economia se desenvolve e como em alguns aspectos a economia venezuelana atual é extremamente parecida com a do Brasil na década de 60, 70... bom ver que evoluímos e que estamos no caminho certo...
Sei que o post está extenso, acho que tá mais pra um mini livro que para um post, e desde já peço desculpas pela delonga... mas como vocês puderam ver eu aprendi MUITO com essa viagem e não poderia guardar só para mim essas lições...
Sobre Los Roques vou fazer um post a parte... hehehehe.
Sendo assim, ficam aqui as minhas dicas (um pouco CDF´s demais as vezes) e recomendo a ida de vocês à Venezuela... de fato um país interessantíssimo em suas diversas facetas...
Beijo pra quem é de beijo e abraço pra quem é de abraço.
Saúde e felicidade sempre!!!

Garoto Bacana

23 junho 2011

As Montanhas de Buda


Incrível como a gente conhece pouco o mundo que vive... nesse livro eu pude ver a saga real do que é o martírio dos Tibetanos contra a China e sua dominação cultural...
Li o livro de uma sentada, e eu fico radiante quando posso fazer isso... no vôo São Paulo - Caracas consegui devorar o livro praticamente todo, e adoro quando isso acontece! Adoro me empolgar com a leitura, viajar no texto do escritor...
Primeiramente o livro é uma aula da geografia... descreve o Himalaia e as redondezas do Tibete e do Nepal de forma esplendorosa... me deu vontade até de ir lá, por sinal é o meu próximo roteiro, COM CERTEZA... conhecer a terra da neve... esperem notícias aqui no blog!
Em segundo lugar a forma que ele aborda a questão do budismo, como sem querer (ou querendo mesmo) ele tangencia os preceitos budistas, vai explicando as crenças, costumes e tradições, e explana de forma inequívoca o que um budista tem em seu coração, além de descrever o sentimento dos religiosos tibetanos perante as atrocidades que foram e são feitas sob pretexto de unificar um país que não é único, nem aqui e nem na China!
O fato de que os Tibetanos não se valem de luta armada ou de violência para resolver o conflito, tudo embasado em seus preceitos morais e religiosos, é lindo de ver...
Numa passagem do livro, após ter sofrido várias torturas e todo tipo de sofrimento, um tibetano budista agradeceu ter sido liberado da prisão chinesa (que reeduca os tibetanos dentro da cultura oriental chinesa) não porque acabariam os seus sofrimentos, mas porque ele estava prestes a perder a compaixão pelos chineses e estava a um fio de sentir ódio e rancor por eles, o que lhe seria muito pior do que a dor física que estava sofrendo.
Mesmo com toda a crueldade e chacina (um verdadeiro genocídio, pode-se dizer assim) que são submetidos os tibetanos eles mantêm o hábito de não falar mal dos chineses. Os tibetanos querem sua liberdade, sua independência, poder desenvolver sua cultura e seus costumes, mas nunca falaram mal dos chineses e nem das atrocidades que os mesmos submetem os tibetanos... o mais nobre dos sentimentos... o perdão incondicional e irrestrito!
Outro ponto que me chamou a atenção foi na hora em que ele explica que na doutrina budista não há fatalidades em nossas vidas... afirmam categoricamente que a vida é desprovida de fatalidades, tudo tem um porquê. E é assim mesmo... toda folha que cai tem uma razão e isso fecha o ciclo de acontecimentos em nossas vidas. Pare e reflita agora, só um pouco, sobre o peso e a importância dessa afirmativa! É incrível!!!
Por fim, o livro aborda bem o aspecto político, a subserviência que a China quer dos tibetanos e que não está logrando êxito pela fé e presistência pacífica desse povo, mas que insiste em ter utilizando-se de métodos violentos e desumanos.
A resistência do Dalai Lama, sua saga nesses tempos de conflitos, a organização do budismo... como a fé e a política se misturam no dia a dia desse povo sagrado, tudo é abordado de forma muito simples e agradável de se ler.
O livro é pesado e descreve as torturas de sorte pormenorizada, mas conta história de coragem, de amizade e, principalmente, de solidariedade humana... isso me fez refletir que seria o bastante se o mundo fosse solidário, se todos os povos se olhassem como irmão, como copatriotas de um mundo pequeno e muito próximo.
No meio da trama um personagem budista atesta basicamente que mais vale ajudar um irmão, ser solidário com o próximo, do que ganhar um prêmio... disse, em apertada síntese, que se um tibetano se visse em uma corrida e visse um irmão caído no chão, por seus preceitos, deveria parar a corrida e ajudar o próximo, mesmo que isso lhe levasse à perder a competição... atitude essa incomum em nossa rotina.
O livro é cheio de lições e de bons exemplos a serem seguidos, além de nos conscientizar desse problema político-religioso-social que até hoje persiste na região.
É isso aí, indico demais a leitura desse livro e desejo que todos possam tirar boas lições dele.
Beijo pra quem é de beijo e abraço pra quem é de abraço...
Saúde e felicidade para todos.

Garoto Bacana.

09 junho 2011

Brasília: vocação pra ser feliz!


Saber identificar quando se está feliz é uma das maiores virtudes do homem e isso acho que sei fazer direitinho.

É uma sensação de paz, uma leveza, um aperto bom no peito, uma onda que vai desse aperto no peito até as pernas, um sorriso que escapa no canto da boca, um brilho no olho incontrolável e, principalmente, um aumento na sensação de que podemos respirar os pequenos detalhes que a vida nos dá no dia a dia.

Brasília é assim pra mim, me desperta a sensação de enxergar os ínfimos detalhes... Incontáveis vezes eu me senti assim andando pela cidade, satisfeito comigo mesmo, feliz com minha vida, só de observar alguns pequenos deleites que a paisagem do planalto central me proporciona diariamente.

Começa pelo sol leve de manhã no meu apartamento... não é luz direta, ele é no poente, mas a luz de manhã vem transversal, dá um ar de ser mais cedo, um friozinho bom na cama... como eu gosto de acordar aqui. E adoro dormir com a varanda aberta, sempre durmo com ela escancarada e não tô nem aí, nem pros vizinhos curiosos e nem pros possíveis ladrões... rsrsrsrsrs.


A sensação de segurança aqui em Brasília é única, acho que ninguém discute isso, é uma das capitais mais seguras do Brasil (se não a mais). 

Ir pro trabalho de carro sem pegar trânsito é uma benção e eu ando 8Km de casa ao trabalho em 15 minutinhos... um privilégio que sei nem todos aqui em Brasília têm, mas eu tenho... rsrsrsrs.

Voltar pra casa no finalzinho da tarde, pelo Eixo Monumental, com o sol se pondo, o céu laranja, a pista larga, trânsito fluindo... é lindo, na verdade o pôr do sol urbano mais bonito que já vi, tanto é que não me canso de sacar o meu celular e registrar aquele céu vermelho, pra que eu nunca esqueça das cores fortes que o sol faz refletir nas nuvens. E nessa hora eu rezo, com sensação de felicidade, agradecendo...


Na minha visão, o Eixo Monumental é uma figura a parte em Brasília... quando estou passando na altura da Torre de TV, no sentido Sudoeste - Praça dos Três Poderes, que vejo os anexos do Congresso Nacional lá atrás, é lindo demais... 

E a medida que o Congresso vem chegando perto, que passo pelo Conjunto Nacional, vejo o Teatro Nacional e o Setor de Autarquias Norte, do lado esquerdo.

Passo por cima do Buraco do Tatu, aonde os Eixões Norte e Sul se confundem, e vejo no meu lado direito o Museu Nacional e a Biblioteca Nacional, com o Setor Bancário Sul (Sede do Banco do Brasil e do Banco Central) no horizonte... é magnífico!

Chego na Esplanada dos Ministérios, não sem antes minha atenção ser desviada para as curvas bem traçadas da Catedral, vejo todos aqueles Ministérios, e penso: como tenho orgulho de meu país! Poxa, sei que vai parecer meio cafona, e fora de moda dizer isso, mas eu amo tanto o Brasil, tenho tanto orgulho dele! Mesmo com todas as mazelas ele é meu País, é onde me sinto seguro e protegido e, mesmo com todos os defeitos, somos uma democracia estável, o que é luxo nos dias de hoje... mas isso é tema pra outro post, meu amor pelo Brasil e as novas democracias.


Bem, o fato é que passar pela Esplanada me faz ser mais patriótico, sinto orgulho daquela estrutura, do Estado Brasileiro, e de quem tenta, com afinco, fazer algo pela nação (eu juro que tem muita gente boa por aí)...

Confesso que quando vai acabando a Esplanada eu fico meio confuso, sem saber pra onde olhar... não sei se olho pra o Palácio do Itamaraty, pra Alameda das Bandeiras, para o Palácio da Justiça ou para o Congresso Nacional... fico confuso mesmo, acho tudo perfeito ali... mas por isso que não uma e nem duas vezes eu parei meu carro na Praça dos Três Poderes e andei tudo aquilo a pé, e observei tudo com a calma de quem está saboreando pela primeira vez um Milk Shake do Bob´s (que eu adoro... hehehehe). Eu sei que poderia ter sido mais poético aqui, mas eu queria registrar o quanto eu aprecio essa iguaria brasileira (é isso mesmo, pasmem, o Bob´s é carioca da gema... kkkkkkkkkkkk).


Bem, nesses meu deleites, no mais das vezes só, pois sei que nem todo mundo tem paciência pro meu ritmo lento, em cada um deles eu tive uma visão única e singular dos lugares... e uma vez fui lá bem tarde da noite, só pra ver como era tudo abandonado, sem ninguém (confesso que foi a única vez que fiquei com medo de andar em Brasília a pé, mas estava tudo tão policiado que fui me tranquilizando com o tempo) e foi espetacular.

Por fim, como sobremesa, mas com gosto de prato principal, chega a Praça dos Três Poderes com o Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e o STF, um de frente pro outro, demonstrando a igualdade entre os três poderes.


Olha, a Ponte JK, o Palácio da Alvorada, são lindos de dia, mas mais ainda a noite... E a fonte da Torre de TV recém restaurada? Tem até espetáculo de águas dançantes lá e com som e tudo! Barcelona que se cuide! Rsrsrsrss.

O Lago Sul é lindo, ares de condomínios fechados em pleno bairro aberto.

O Pontão, no lago sul, é um lugar elegante, elite de Brasília, as pessoas andando de lancha no Lago Paranoá, um ar de cidade litorânea no final de semana... remar no Lago é perigoso, por causa das lanchas, mas é uma sensação indescritível!

A barragem do Lago Paranoá é um lugar excepcionalmente interessante... passar lá me traz paz, adoro ver o quanto o lago é fundo do outro lado...

A Ermida Dom Bosco é um lugar a parte... adoro aquilo ali, ir pra lá no finalzinho de tarde, ler um livro deitado no pier dentro do lago, esperando o sol se pôr com Brasília ao fundo é uma das coisas que mais gosto de fazer aqui (apesar de fazer menos do que queria fazer).

Além de tudo, reza a lenda, que ali é realmente um lugar mágico: Dom Bosco teria sonhado com um local entre os dois paralelos e em seu relato teria dito: "Entre os paralelos de 15º e 20º havia uma depressão bastante larga e comprida, partindo de um ponto onde se formava um lago. Então, repetidamente, uma voz assim falou: "...quando vierem escavar as minas ocultas, no meio destas montanhas, surgirá aqui a terra prometida, vertendo leite e mel. Será uma riqueza inconcebível...". 

A Ermida fica exatamente no paralelo 15º. Bem vindos à Brasília de Dom Bosco.


A gastronomia brasiliense é um capítulo a parte, adoro ter as benesses de uma cidade pequena, com os luxos de cidade grande, e isso Brasília proporciona, quem mora aqui sabe o que eu estou falando.

O Parque Dona Sara Kubitschek, mais conhecido como Parque da Cidade, é uma das melhores coisas que os projetistas de Brasília fizeram... é a verdadeira praia dos brasilienses, final de semana aquilo fica lotado, é gente andando de bicicleta, patins, caminhando, se exercitando nos aparelhos do parque, correndo, jogando futebol, volei, fazendo churrasco nas churrasqueiras públicas, simplesmente passeando ou passando o tempo sentado embaixo de uma das árvores do parque, que delícia!


Isso é que é vida, e isso é que é aproveitar as pequenas coisas que a vida nos dá, e tudo de graça! Rsrsrsrs...

Correr no parque no finalzinho de tarde é a minha atividade favorita... mas sem dúvida, a melhor parte é acabar o exercício, sentar debaixo de uma árvore, olhar o sol atrás de mim iluminando o lago do parque e curtir a endorfina da corrida ouvindo uma musiquinha que me faz viajar... é bom demais!


Aqui revi antigos amigos, fortaleci adormecidos laços, tive provas de que a distância não mata amizade verdadeira, criei novos e especiais amigos, que pretendo levar comigo pra o resto da vida, chorei, sorri, cresci, amadureci, me aceitei e aceitei os outros, cai, levantei, mas sempre sabendo que a forma alegre como eu via as coisas atraia "coisas e pessoas" pra perto de mim, pessoas que eu amo e que agradeço a Deus tê-las por perto, pois eu tento sempre ver as coisas sob o viés da felicidade plena.

Meu Deus, poderia passar horas falando de tudo o que gosto em Brasília, mas prometi diminuir o tamanho de meus posts (parece que não está adiantando muito... rsrsrsrs) e vou encerrar por aqui e dizer porquê que eu falei de tudo isso...

Na verdade falei pra que a gente analise que cabe a nós buscar a felicidade no lugar que estamos... a felicidade está dentro de nós e se reflete na forma como observamos cada coisa em nossas vidas... 

Veja que dos mesmos locais que eu acabei de descrever podemos ter visões negativas, pejorativas, ruins, mas eu optei por ter essa visão que aqui descrevi, e isso me faz feliz, porque reflete integralmente a minha felicidade... 

Ou seja, devemos ter vocação pra ser felizes, estejamos aonde estivermos, a felicidade está dentro de nós, e se reflete em nosso olhar sobre o que o mundo nos mostra. Só depende de nós, de ninguém mais.

Eu adoro Brasília, e todos os outros lugares que eu morei, porque eu resolvi enxergar com olhos de felicidade as coisas que eu via, resolvi fazer daquilo o melhor e retirar o melhor pra mim, tendo a sensação de felicidade que eu tanto busco nessa efêmera vida.

Assim, vendo o mundo com meus olhos, tentando ser positivo, eu consegui (e espero conseguir ainda mais) extrair o aprendizado da vida, mesmo quando ela me pedia mais do que eu podia dar.

E as vezes sair de onde se gosta é necessário para que possamos amadurecer e não esquecer que podemos fazer tudo outra vez, ter certeza que o aprendizado é constante, pois tomar a decisão na vida de que se quer ser feliz é algo que somente nós podemos fazer por nós mesmos.

A sutil diferença entre um laço e um nó é que, apesar de ambos se formarem por duas partes que se juntam, o laço une, agrega, deixando sempre livre a outra parte que pode se desvencilhar com um mero puxão de sua fração que está envolvida; já o nó prende, sem possibilidade de que nos desatemos da outra parte com facilidade. Sendo assim, devemos fortalecer os laços e desfazer os nós em nossas vidas.

Essa é a mensagem do hoje... podemos ser felizes estejamos aonde estivermos, só depende de nós!

Saúde e felicidades (sempre) para todos.

Garoto Bacana

28 maio 2011

Duas rapidinhas...

Sentimentos.

Se não ouço dos outros, posso falar.
Se não posso falar, posso escrever.
Se não posso escrever, posso pensar e sentir...
Mas se não puder nem pensar nem sentir, me mate... ah me mate!
Não controlo os meus pensamentos e nem meu coração!
(GB-2011)


Gota de paz e chuva.

Eu sou como uma gota de chuva que toca seu rosto, se espalha, escorre, desliza... e que só sossega quando encontra seus lábios que me bebem como a última gota de paz desse mundo. (GB-2011)


Felicidade e saúde pra todos...

Garoto Bacana

26 maio 2011

Quando eu parei de discutir com Deus...


Uma das coisas que realmente aprendi foi que Deus sabe o que melhor para nós, muito mais do que nós mesmos... isso é fato! 
Aquele lance de quem vê de longe, vê o todo, vê melhor, sabe como é? É isso mesmo que acontece! Deus sabe mais da gente do que a gente mesmo porque ele sabe de tudo.
Pois bem... Deus é assim, Ele sabe o que é melhor pra nós... mais que nós mesmos, repito incansavelmente, e por isso é preciso ter fé e fé quer dizer confiar cegamente, é confiar no que não se vê (por mais redundante que isso seja), colocar sua vida na mão Dele, acreditando que vai ser o melhor pra você. 
E isso não é uma posição cômoda em relação à vida, não quer dizer que tudo vá cair de mãos beijadas em sua frente, não mesmo, você tem que fazer sua parte, tentar e perseguir o que quer e ter sensibilidade suficiente para ver Deus conversando com você (e mostrando os melhores caminhos) através dos fatos que ocorrem diuturnamente em sua vida.
Mas, por óbvio, nem sempre eu fui assim tão confiante em Deus. Sempre achei que sabia o que eu precisava pra minha vida e que eu era absoluto e autossuficiente (ainda acho um pouco, mas em relação a Deus não mais), até que depois de tantas provas, simplesmente desisti de querer dar um rumo próprio à minha vida e entregá-la nas mãos de Deus e isso não quer dizer, como já disse acima, que eu não faço por onde obter o que eu quero, de jeito nenhum, só não insisto mais, não bato a cabeça, não ignoro as mensagens que Deus me dá... agora eu respeito, entendo e agradeço quando tenho uma mensagem dessas.
Vou dizer quando que eu comecei a pensar desse jeito e porquê: sempre fui um menino disciplinado com os estudos e estudioso de fato (em resumo: CDF, nerd, essas coisas... hehehehe), queria prestar vestibular para medicina e sabia o quanto isso era difícil na Universidade Federal que eu almejava, por isso estudava feito um louco, mas demais mesmo... MUITO!!! Resultado, estudando desde o 1º ano científico pro vestibular de medicina, eu fiz a prova no 3º ano científico e, nos dias do vestibular (eram 04 dias), eu descobri uma Miocardite (inflamação no miocárdio que me resultou uns meses de internação no hospital) e fui internado no último dia de vestibular quando o médico me falou que se eu fosse fazer prova ia morrer. Eu, tinhoso feito o capeta, disse que ia fazer, e assim foi... fui lá fazer o vestibular.
Resultado: de 90 vagas, passei em 100º, chamaram mais 6 de repescagem, faltaram 4 pra eu entrar em medicina... como eu fiquei com raiva!
Apesar de tudo, e a contragosto, tinha feito vestibular pra Direito na Universidade Particular e tinha passado, mas já tinha dito que não ia cursar, que o meu lance era medicina, ia estudar novamente e ia passar no outro ano.
Meu amado pai insistiu pra eu fazer a Universidade paga, disse que custeava os meus estudos, mas eu, teimoso feito mula, não quis nem a pau... de tanto ele insistir eu disse que se ele me arrumasse um emprego que pagasse o mesmo valor da universidade eu iria (ele não iria conseguir, pensei eu). 
Na época era quase impossível um menino de 16/17 anos, com um salário mínimo girando em torno de R$ 120,00, conseguir um emprego que pagasse os R$ 405,00 que era o valor da Universidade... incrível como me lembro das cifras, como isso me marcou!
Pois bem, papai arrumou uma entrevista de emprego pra mim no Cimento Nassau (a única que eu fiz até hoje) e eu passei no emprego, pra ganhar exatos R$ 483,00, mais do que a faculdade!!!
Comecei o curso na faculdade particular, adorei as matérias e me apaixonei pelo Direito... mas achava que tinha que cursar a Federal e coloquei na cabeça que eu tinha que fazer vestibular pra Direito, mas na Federal... mas como fazer isso com um emprego que eu chegava às 07:00h da manhã e saia às 19:00h e ainda cursando Direito a noite?
Só pedindo demissão, né? Mas como pede demissão de um emprego que paga tão bem? Falei com meus pais, eles não concordaram, me alertaram quanto aos riscos, mas disseram que me apoiariam na decisão que eu tomasse, fosse ela qual fosse (esse é só um dos exemplos que faz eu amar esses dois acima de qualquer coisa nesse universo)... a decisão foi pedir demissão e ficar recluso 01 mês antes do vestibular, só estudando, pra ver se eu passava, mas já tinha colocado na cabeça que eu não iria passar naquele vestibular, eu iria estudar mais um ano e iria passar, com certeza, no ano vindouro... resultado: fiz o vestibular (sem doenças dessa vez) e passei no primeiro semestre, acreditam? E em 9º lugar!
Aproveite as matérias da universidade particular e não perdi nenhum ano da faculdade!!!
Aí me diz: foi Deus dizendo, meu filho, faça Direito e não medicina, ou não foi? Hoje eu fico pensando se eu seria efetivamente realizado como médico ou se como operador do Direito que hoje sou... sem sombra de dúvidas, eu AMO o Direito e admiro demais quem é médico, mas sei também que a vida do médico é uma eterna abnegação, sua vida vira sua profissão, tem que ter vocação realmente, o que hoje tenho certeza absoluta não ter para medicina.
Outro recado que Deus me deu foi minha inclinação em querer ser Juiz durante a faculdade... rsrsrsrsrs. Ô menino com vocação pra ter vida de sacrifício, meu Deus!!! 
Mas mais uma vez Ele me guiou pro lado certo, eu não teria a menor vocação pra magistratura, me encontrei como Procurador e hoje eu não troco a minha vida profissional por nenhuma outra nesse mundo! AMO efetivamente o que faço, por isso faço com prazer e com muito orgulho!
Mas acreditam que eu passei a faculdade toda focado em ser Juiz? Quando resolvi fazer concurso me dediquei aos estudos mais uma vez com afinco, dedicação e disciplina, sabia que eu ia passar, mas sabia que era difícil demais! Portanto, estudava umas 12 horas por dia, feito um condenado à pena perpétua de saber todas as matérias jurídicas decoradas em minha mente... rsrsrssrs.
Demorei exatos 1 ano e meio pra ser empossado no concurso depois que comecei a estudar (e foi um período muito curto pra média das pessoas, graças a Deus....) e nesse período não teve NENHUM concurso de juiz, acreditam? Nenhumzinho... hehehehe. Zero, eu NUNCA fiz um concurso pra Juiz... hehehehe. Não deu tempo!!!
Mais uma vez eu agradeço a Deus, se eu soubesse a função do Procurador, as inúmeras áreas de atuação (o que é imprescindível diante da minha necessidade de novos desafios, novidades e de mudar de ares), as coisas que podemos fazer em prol da Nação e da sociedade, eu acho que teria escolhido desde o começo ser o que sou hoje...
Em dois meses depois de empossado eu sabia que eu queria ser Procurador pra sempre!!! 
INCRÍVEL como Deus escreve certo por linhas tortas e como a gente não presta atenção.
Mas, definitivamente, o fato que fez eu JURAR que nunca mais iria exigir nada a Deus, o dia que eu decidi que minhas orações seriam: "Senhor, faz o que Você achar melhor para mim, e não o que eu acho que é melhor.", foi na época em que eu estava aprovado no concurso e que ainda não tinha sido nomeado.
Todos os dias, sem exceção, eu rezava pedindo a Deus que me nomeasse pra eu poder sair da vida de Oficial de Justiça (o que eu era antes de ser Procurador), todos os dias, sem exceção, umas 3 vezes ao dia, eu rezava pedindo que eu fosse nomeado no outro dia... todos os dias eu abria o DOU... E o concurso demorou, entraram com ações judiciais, suspenderam o concurso e eu PUTO com tudo isso!!! Querendo matar os despeitados que estavam entrando com as ações (hoje eu agradeço a todos!) e nada de nomeação...
O fato é que demorou uns 5 a 6 meses pra eu ser nomeado após a aprovação, mas, o melhor de tudo foi o quê? 
Meu pai teve um AVC quando só estávamos eu e ele em casa e quem socorreu o velho e levou ele para o hospital em tempo dele não ter seqüelas mais graves fui EU!!! E eu só estava lá porque eu não tinha sido nomeado... ABSOLUTAMENTE INCRÍVEL, quase inacreditável, né?
E olhem como Deus é bom e como foi isso mesmo: meu pai tinha acabado de chegar em casa no carro e eu tinha dito a ele que ia sair pra visitar uma colega no hospital (estava com dengue), quando fui no quarto dele roubar o perfume importado do véi, ele já estava branco, da cor da parede, sem conseguir levantar da cama... peguei ele nos braços e levei pro hospital... isso já faz uns 06 anos e ele tá vivinho da Silva, de vez em quando dá uns sustos na gente, mas está bem demais! Lindo de viver, como diz Hebe Camargo... kkkkkkkkkk.
O AVC de papai foi 31 de agosto, dia 09 de setembro (ele ainda estava na UTI) fui nomeado no DOU e dia 09 de outubro estava empossado e morando em outro Estado da Federação, bem longe dele, mas sabendo que ele estava vivo!
Não era só pra que eu pudesse socorrer papai? Deus é bom demais! Eu devo coisa demais a Ele.
Depois que tudo passou eu fiquei pensando que diante da vida de meu pai eu preferia nem ter passado no concurso, até nunca passar... quanto mais esperar uns meses para minha nomeação, mas Deus sabia o que era melhor pra mim!!!
E eu ADORO lembrar dessa história, do tempo que Deus deu (e está dando) a mais pra que ele ficasse perto da gente e do quanto que é bom saber que Deus faz tudo como tem que ser.
Desde esse dia eu prometi, NUNCA MAIS DISCUTO COM DEUS!!! E assim o é desde então!
Assim, relato esses fatos a vocês para que não discutamos com Deus, apenas confie Nele que ele sabe o que é melhor pra nós. Entregue sua vida nas mãos de Deus que tudo dá certo e, principalmente, tenha paciência que Deus vai te dar as respostas no tempo certo e, principalmente, MUITO cuidado com o que deseja... rsrsrsrsrs.
A mensagem é essa aí: muita felicidade pra vocês e saúde, que nunca é demais!
Beijo pra quem é de beijo e abraço pra quem é de abraço.

Garoto Bacana.