23 janeiro 2014

Dicas para um viver melhor.



Não sou o dono da verdade, e muito menos quero dizer que essa visão é a mais acertada do mundo, apenas “sei que nada sei” que essas impressões me foram apresentadas e introjetadas em meu caráter como as mais adequadas durante a minha ainda curta vida.

Não existe receita pronta, fórmula certa. Cada um é do jeito que é, vive-se como quiser, mas se eu pudesse dizer o que eu reputo certo para se ter uma vida leve eu diria que, em itens resumidos, o que se deveria fazer é:

1-) seja gentil com os outros, se preocupe em agradar as pessoas, conhecidas ou desconhecidas, com sua postura, seus gestos, sua entonação de voz. Um sorriso, paciência e uma pitada de tolerância fazem milagres;

2-) respeite as pessoas que estão em situação menos abastada que a sua. Lembre-se, quando a fraqueza vier, que sua vida é boa e abençoada, e que você pode ser um pouco mais tolerante com aquela pessoa do que ela com você;

3-) valorize a sua família e as pessoas que estão perto de você não apenas com palavras, mas principalmente com atos e gestos. Lembre-se sempre que um dia eles não estarão mais aqui, então não deixe para depois;

4-) procure viver o aqui e agora, sentir os locais que você está, se permitir sensações únicas, a despeito do que os outros vão dizer ou pensar de você naquele momento. Não só pense que você pode se conectar com o mundo de sua forma. Faça!;

5-) passe mais tempo vivendo do que registrando os momentos ou conectado a um celular. Não é que você não tenha que usar o celular, mas antes sinta o que o momento te proporciona. Você vai levar consigo as lembranças do seu coração e deixar com os outros as do seu celular. Para um ser reflexo do outro você tem que viver primeiro e registrar depois. As vezes a gente deixa de lado a pessoa que está conosco naquele momento especial para compartilhar com outras tantas nas redes sociais que poderiam esperar algumas horinhas a mais para desfrutar do momento com você (priorize a vida real).

6-) se esforce para estar perto de quem ama e faça de tudo para que ela saiba do seu esforço, nada melhor do que o outro se sentir amado.

7-) coloque “por favor” e “obrigado” em suas frases, mormente nos pedidos.

8-) seja solícito e disponível para as pessoas, faça favores e gentilezas de forma sincera, o benefício que você faz pelo outro sempre volta para você.

9-) se não tem uma coisa boa para dizer, melhor não falar nada. Claro que eventualmente iremos esmorecer, querer e precisar desabafar sobre coisas ou pessoas que nos incomodam, escolha uma pessoa, de preferência uma que você saiba que não vai passar para frente sua impressão negativa, e fale o que pensa, mas não jogue para o mundo as suas impressões negativas, elas voltam para você!

10-) se preocupe mais com a sua vida do que com a vida do outro. Não fale mal de ninguém, muito menos gratuitamente. Procure fazer com que o comportamento do outro lhe seja indiferente, que ele não te incomode. Lembre-se que cada um tem a sua cruz nesse mundo, assim como você tem a sua, portanto, respeite o próximo.

11-) aprenda a não se deixar irritar com as pequenas adversidades que a vida nos apresenta. Tenha jogo de cintura, adapte-se. Nem tudo pode ser como você queria que fosse, mas você pode tirar o lado bom do que deu errado.

12-) Não se aborreça com os pequenos “nãos” que você leva da vida.

13-) procure se analisar sempre e identificar os seus defeitos. Escute o que as outras pessoas têm a dizer sobre você, reflita e absorva o que entender pertinente. Lembre-se que algumas pessoas que te amam vão sempre te falar coisas possivelmente doloridas, mas sempre tentando transformar você em uma pessoa melhor. Não se magoe com essas pessoas, provavelmente são as que mais amam você.

14-) cultive as suas amizades, elas são um espelho importante para a nossa auto-análise e crescimento pessoal.

15-) não tenha medo de se mostrar às pessoas, elas vão gostar de você do jeito que você é, o que não quer dizer que te acharão perfeita. Elas vão tentar melhorar você e esperar que você as tente melhorar. Família é isso. Amizade é isso. Namoro é isso. Casamento é isso.

Bem, espero que eu consiga ter a minha vida leve... rsrsrsrs. No mais, saúde, felicidade e leveza para todos.

Garoto Bacana

17 novembro 2013

Como nossos Pais...


A gente tem tanto de nossos pais, né? 
A gente nem nota, mas de vez em quando se vê falando igual, com alguns hábitos vindos deles.
Misturei meu café com o brigadeiro que veio com ele... 
Quem fazia essas misturas loucas? Quem queria sempre provar um sabor diferente, inusitado... 
O próprio café vem deles... Um hábito que relutei pra aceitar, mas que hoje não me vejo sem... 
O doce de leite, o biscoito molhado no café, as saudades... 
O modo de ver a vida, a forma otimista de ver sempre o que é bom nas situações, a forma como encaro as adversidades, tudo vem do exemplo deles... 
Provo uma coisa nova que eles iam gostar e lembro deles, agora só posso mostrar pra uma metade, a outra se foi... 
Acabei de conhecer um churros com doce de leite aqui no Bazzar da Travessa que é a cara dele (ele iria adorar, certeza!), essa é a maior perda, a de não poder mostrar, me conforto com o tanto que já mostrei, mas o mundo é infinito e sempre existirá o que eu iria querer mostrar, e lembrarei dele com saudades em cada uma dessas vezes que, espero eu, sejam muitas. 
Ainda agora vi uma mulher e uma velhinha se segurando no braço dela, mãe e filha, com certeza! 
Eu quero ter alguém pra eu segurar no braço, sabe? 
Quero passar meus hábitos, costumes e valores pra um outro alguém... Quero poder ensinar o que é correto e o que não é, que a família, e aqueles que amamos, devem estar em primeiro lugar em nossa lista de prioridades, quero poder ensinar a ser curioso, a querer entender como as coisas funcionam, mostrar o quanto é bom a gente entender como o mundo ao nosso redor funciona, quero mostrar que prestar atenção às coisas simples da vida é um dom que infelizmente quase ninguém tem. Quero alguém que tenha boas lembranças de mim, que me veja como espelho, como herói, como eu vejo os meus pais... Eu sou reflexo deles e não é justo que eu não seja um reflexo pra alguém e que alguém não seja o meu reflexo também... rsrsrsrs.
Eu quero mostrar como é bom viver de forma leve, quero sair, quero sofrer, quero brigar, quero amar esse meu espelho mais imperfeito ou mais bem feito que o autor... 
Quero vida, razão de viver, alguém por quem não poder morrer, alguém que não queira e nem possa me substituir, porque eu sou único pra ele... Alguém que seja um pedaço de mim, um euzinho, seja física, seja psicologicamente, exatamente como eu sou um euzinho dos meus pais... Eu sou a continuidade, a certeza da imortalidade pra eles, e eu quero que alguém seja isso pra mim... Eu quero ser pra ele, quero tentar fazer alguém saber tirar felicidade de onde só se vê tristeza, quero ensinar que o prisma do amor é a melhor lente para se ver o outro... Quero amor, quero amar, quero o incondicional, quero o visceral, quero o carnal, mesma carne, mesmo sangue... Quero!
Saúde e felicidade pra todo mundo, inclusive aos que já têm seus "pequenos eus"...

Garoto Bacana

03 novembro 2013

A saudade é de alegria...


Fatalmente o dia chegou... esperado, mas sempre indesejado... a ausência da presença, mas nunca do amor que, acho eu, me acompanhará pela vida toda...
Talvez uma falta, um lugar vazio... mas sempre amor, sempre um sorriso no canto da boca.
O choro não é de tristeza, é de saudade e a saudade é de alegria, de poder ter caminhado junto, de ter aprendido com você, de termos feito coisas juntos, de termos sido companheiros, de termos sido tão felizes.
É o ciclo da vida que se fecha para você, mas que se abre em outro plano... espera por nós que um dia a gente chega também e estaremos todos juntos novamente.
Acho que a sensação é de uma viagem que eu sei que tenho que fazer pro meu bem, mas que me deixa com saudades de você, igual o dia que eu fui embora pro Sul e você ficou... É um misto de saudades e de certeza que está-se fazendo o que se tem que fazer... É o rumo natural da vida.
É assim, pai, que eu vejo você agora... uma viagem que você teve que fazer, mas que vai ser melhor pra você, vou sentir saudades, mas eu aguento...
Pode deixar que vou me valer das lembranças boas para matar as saudades, que são tantas que tenho certeza que vai chegar o fim da minha jornada e eu ainda vou ter algumas novas para lembrar...
Obrigado por tudo, pelo carinho, por ter permitido que eu me despedisse, pelas canções, pelos abraços, pela mão na cabeça, ah essa mão na cabeça... rsrsrsrs. Sempre vou lembrar e sentir ela nos momentos difíceis, sempre...
Obrigado por me ensinar o que é resignação, paciência, disponibilidade e vocação pra ser feliz, mesmo diante das adversidades.
Obrigado por me fazer ver a vida sempre pelo lado mais bonito.
Obrigado por me ensinar o valor de uma gargalhada alta, com certeza é do que vou sentir mais falta... E do "Booooniiiiiiiiiiitto"... rsrsrsrs.
Obrigado por ter deixado eu ter cuidado de você como deu. Obrigado por ter se despedido de mim. Obrigado por sempre me dizer eu te amo. Obrigado por ter me ensinado a dizer eu te amo sem ressalvas, sem pudores, sem reservas, sem moderação... obrigado.
Obrigado por me ensinar que homem chora, sim!
Obrigado por me fazer sentir um bom filho, obrigado pela última viagem que fizemos e que você foi só pra me agradar, você não sabe o quanto ela está sendo importante agora...
Obrigado por não ter deixado eu deixar de fazer nada que eu pudesse por você, obrigado por me dizer suas necessidades, por deixar eu tentar supri-las.
Eu te disse tudo em vida, esse é o seu maior legado (e o meu maior conforto), nada do que boto aqui é novidade para você, você sabia, você ouviu de mim, você riu ao ouvir...
Viu que não precisa ter medo? Rsrsrsrs... A gente ainda vai estar aqui pra você e por você, mesmo longe, perto, lembra?
Vai lá, trilha seu novo caminho, vai sem medo... A gente se encontra lá na frente!
Amo você, esquece disso não!

13 outubro 2013

Amor ou Paixão?


Interessante quando a gente se apaixona. É meio surreal, meio sonho, meio que uma fase onde se está extasiado 24 horas por dia... É bom ou é ruim? Deveria durar para sempre ou tem mesmo que ter um fim? É necessária essa fase para que se tenha êxito nas seguintes?
Essas são dúvidas que permeiam o meu coração faz tempo...
"Paixoná", como diz o mineiro, é bom, mas tem prazo de validade, tem limite?
Parece que na fase da paixão a gente meio que idealiza uma pessoa, cria um ser em nossa mente que muitas vezes não existe, ou até existe, caso esteja também apaixonado por você e fora do seu prumo do mesmo jeito que você também está...
Quando estamos apaixonados nós mesmos viramos outra pessoa, mais tolerantes, mais pacientes, mais entregues, menos reservados, com menos medo de se machucar... O sentimento "paixão" é tão bom que ele realmente te transforma em uma pessoa melhor, mais amena, mais apaixonável também... É um sentimento que te dá a sensação de que você pode enfrentar o mundo, a tudo e a todos, desde que a pessoa que você mais ama nesse mundo, e objeto de sua paixão, esteja ao seu lado, enfrentando tudo com você... É um sentimento que não cabe em si, e nem na gente, que transborda todas as barreiras e limites que você já conheceu, é algo, deveras, extasiante... É fogo e gasolina mesmo...
Acho que pouca gente já se apaixonou verdadeiramente e foi correspondido na mesma intensidade, ou não, sei lá, talvez seja só a nossa necessidade humana de querer ser diferenciado, de ser especial. Mas o fato é que eu já estive perdidamente apaixonado por uma pessoa que também se dizia perdidamente apaixonada por mim... E posso dizer, com certeza, foi o melhor e mais belo sentimento que já vivenciei.
Vi uma entrevista com Cleo Pires onde ela disse que escreve para sedimentar os seus sentimentos, as suas impressões sobre o que está sentindo, e acho que escrevo aqui exatamente pra isso, sem uma definição do que é ou não é, sem saber o certo, totalmente cego e perdido em meio aos sentimentos e sensações pretéritas, presentes e futuras, mas, analisando bem, uma indefinição altamente construtiva e sadia do ponto de vista emocional...
É se descobrir, é viver novas sensações, é se sentir vivo, errante, incapaz e até mesmo mais forte, satisfeito e privilegiado por poder se confrontar com sensações tão raras na vida do ser humano...
Bem, voltando aos trilhos, após os devaneios típicos deste "garoto bacana" que vos fala e relata, retornemos ao foco do texto... A tal da paixão.
Refletindo profundamente acho que a paixão nos relacionamentos não morre, ela se transforma, se transmuda  em um sentimento mais bonito, forte e agradável de se ter, mas que talvez muitos confundam com a morte, com o fim...
O novo sentimento, que parece que é o tal do amor, é mais calmo, mais sereno, não vem das entranhas e nem de um arroubo incontrolável de qualquer coisa, mas sim do coração e da cabeça, em sincronia perfeita, em plena correlação um com o outro... Dá uma tranquilidade, uma paz, uma certeza de que se tem o que sempre buscou, mas é um sentimento mais cru, mais cruel, mais translúcido... você agora lida com um ser humano, cheio de defeitos, de coisas que te incomodam profundamente, cheio de manias e chatices, de falta de correspondência na forma de amar e de demonstrar o amor, cheio de intolerâncias, e não mais aquele ser etéreo e perfeito de outrora que permeava a sua paixão insana... E lembre-se que você está nesta mesma metamorfose em relação a outra pessoa, ela também está humanizando você, te conhecendo, vendo os seus defeitos, sua impaciência, sua intolerância, seus limites...
É aqui, creio eu, que a maioria das pessoas se perde e perde grandes relacionamentos juntos. Na hora da mutação do sentimento de paixão em amor...
O que era pra ser um evento calmo, almejado, querido, vira, para a maioria das pessoas, um tormento, porque confunde os nossos sentidos.
Você não sente mais o arroubo da paixão, mas de outra banda não parou ainda para apreciar as coisas boas do amor e se for precipitado é que não irá parar mesmo pra sentir isso... nessa hora, se você tem uma visão pessimista ou negativa das coisas, você pode se apegar à diminuição das vezes que você vê a pessoa, ou que liga, ou que tem vontade de dizer eu te amo, ou de qualquer outra coisa que você tire como parâmetro para medir o seu sentimento, e achar que não gosta mais, que não quer mais, só porque sua paixão se transmudou em um sentimento muito mais bacana, que é o amor, mas que você, impaciente, não  teve maturidade para sentir... que pena, né? Que fuleira... 
Por isso é bom a gente se estudar, se investigar, se sentir... porque o exercício sensorial é muito mais difícil e requer muito mais habilidade do que o físico.
Se investigue e veja se o que você quer para a sua vida é uma falta de ar constante, uma inquietação por medo de perder, uma impressão de que não se vive sem, um sentimento oriundo de uma ideia metafisica de sua cabeça, porém inebriante, mágico e altamente viciante, ou se você quer ter a certeza de sua respiração (apesar de perde-la de vez em quando), quer sentir a paz de olhar para um lago quieto e tranquilo, ou do seu lugar preferido, se quer sentir, lá no fundo, a certeza de que sempre estará com a pessoa entranhada em você (estejam juntos ou separados), um sentimento que vem de uma pessoa de carne e osso, cheia dos seus defeitos, e que você tem consciência deles, e que, por você amar, vai consertar junto o que der pra consertar e arrumar um jeito de conviver com o que não dá.
Não se recrimine se quiser viver apaixonado o tempo todo, ou se o que você sempre buscou foi o amor, ou ainda se você quer um misto dos dois, ou nada disso. Como sempre digo aqui, não existem fórmulas certas para os nossos sentimentos, a única receita que sugiro seguir é o fim dela, que é a sua felicidade. Como você vai obtê-la é algo muito subjetivo e pessoal e que só você vai saber como, só tente achar uma pessoa que queira o mesmo que você, ou que tope querer o que você quer. Assim é mais humano, é mais gostoso... E não se recrimine porque não sente o mesmo que ela ou não quer o mesmo que ela, é normal que as pessoas sejam diferentes e dentro de suas diferenças sejam interessantes e que completem umas às outras, mas sentimentos nutridos por nós (ou para nós) são responsabilidades nossas e devemos ser honestos com eles (sentimentos e pessoas)...
Bem, pra mim, acho que já sei... acho que queria o misto dos dois (sempre fui das correntes moderadas, não seria agora que seria diferente), mas se ela não existir, opto, sem pestanejar, pelo amor!
O amor é mais humano, mais duradouro, mais forte, mais calmo, mais o que eu sempre quis, mais o que me faz mais feliz, mais um tanto de coisas que ainda vou descobrir se eu me permitir amar.
Amor é ver defeito, ficar puto, mas tentar e querer estar junto... É levar patada e ter paciência, é não ser correspondido como se quer ou espera, é odiar algumas coisas, é puxar o lençol a noite, é sujar a louça e ter que lavar, é ter que se adaptar, é não poder deitar na cama sujo, é aguentar chatices e não esbravejar na esperança que o outro veja o quanto isso é chato e que tente mudar por você, é pisar em ovos para tentar não magoar e ao mesmo tempo não deixar de dizer nada do que tem que ser dito, mas mesmo assim, mesmo com tudo isso de ruim, ainda querer estar junto, dividir sua cama, sua vida, sua jornada com a pessoa, é ter certeza que a aparência desligada, distante e carrancuda não coaduna com o coração manteiga que ela tem, é querer dormir e acordar junto, é querer dividir os momentos bons e ruins, é querer formar uma família juntos, é querer estar e ser parte daquele outro ser que, apesar de imperfeito, é tão especial para você.
Quanto às respostas das perguntas que fiz lá no começo posso dissecar minhas impressões logo adiante, quanto às suas, só você pode fazê-lo.
Em sendo assim, eu acho que se apaixonar é ótimo e todo mundo deve se apaixonar na vida e não segurar esse sentimento que te invade e que se torna maior que você. Se jogue no mundo e na vida sem medo de cair, "sem se preocupar se o próximo passo é o alçar vôo ou a queda."
Se a paixão tem que ter um fim, pelo que ouço e das minhas impressões parece que ela se transmuda e nessa metamorfose a maioria das pessoas confunde a mutação com o fim do sentimento e porque não se acostumou com o novo sentimento que surgiu, em minha opinião mais bonito, forte e desejado que a paixão, perde boas chances de se relacionar e de ter um relacionamento bacana e sadio.
No que faz menção à necessidade de existir previamente a paixão para que a próxima fase do relacionamento vingue, acho que não é regra, pode ou não existir paixão e o relacionamento dar certo, mas acho também que quando essa fase foi presente no começo do relacionamento a gente fica mais calmo, mais confiante, acho que ajuda a saber que o sentimento apenas transmudou, sendo assim, não acho inexoravelmente necessário, mas acho que ajuda nas horas de conflito e de dúvidas, quando você questiona os seus sentimentos.
Com isso fica aqui o meu desejo de que todas as pessoas (desde que assim desejem) se apaixonem por outra e que esse sentimento seja correspondido na mesma intensidade.
No mais, saúde e felicidade para todos!!!

Garoto Bacana

17 agosto 2013

Se eu quiser falar com Deus tenho que andar com Fé!


Olha, não assito muita televisão, sou meio desconectado do ponto de vista televisivo, mas um canal que eu gosto muito na TV é o GNT e, especialmente, um programa chamado "Viver com Fé", apresentado pela Cissa Guimarães.
Assisti eventualmente um ou outro programa, até descobrir o MUU e conseguir ver os atrasados... rsrsrsrs.
Desde sempre uma coisa que me emociona é a fé, que sempre acho ser maior nos outros do que em mim...
Lembro dos sem fim de vezes que entrei em uma igreja e que chorei pela devoção das pessoas, pela força que elas emprestavam aquele ser etéreo (e ao mesmo tempo tão forte e presente) que é Deus, pela energia positiva que elas deixam naquele lugar e que me toca de alguma forma sobrenatural.
Lembro a primeira vez que fui ao Santuário de Fátima, em Portugal... Energia sem fim, chorei em bicas ao ver a fé das pessoas, a força daquilo, a força que brotava da terra...
Lembro do dia em que entrei na igreja de Santa Maria Maggiori, em Roma, num momento difícil, expiei os meus pecados todos bem ali, diante de todos aqueles ilustres desconhecidos, ouvindo o canto gregoriano dos monges chorava feito criança, lavava a minha alma, passei horas naquela igreja...
Lembro do dia que fui à Machu Pichu, a energia daquele lugar é simplesmente impressionante, chorei ao ver a força de um outro ser podendo ser sentida por mim, ao sentir que você deve respeitar a energia das pessoas, que respeito é a base de tudo nessa vida e, principalmente, pedi pra aquela força que nunca me deixasse esquecer dessa necessidade de respeito pelo outro, pela diversidade, pelo diferente e que, nunca, mas nunca mesmo me deixasse esquecer dessa necessidade.
Lembro de todos os dias 02 de fevereiro que procuro tomar um banho de mar em homenagem à Yemanjá, da paz que eu sinto, da leveza que eu saio dali, dos bons pensamentos que emano durante o ritual, do quanto aquilo me faz bem.
Revivo agora um pouco de cada uma dessas sensações, desses diferentes locais, em diferentes ocasiões, onde eu senti a presença de Deus me abraçando, me carregando, me afagando e dizendo: calma, tudo vai dar certo.
Não sou católico, mas me sinto muito bem nas igrejas católicas e adoro músicas de igreja.
Não sou espírita, mas a doutrina espírita conforta algumas das minhas dúvidas e me comove a caridade que emana da maioria dos espíritas e dos religiosos em geral.
Não sou budista, mas gosto de pensar que jogando boas vibrações para o mundo ela ecoará pelo universo e voltará para mim e para a coletividade de forma muito maior e muito mais forte.
Não sou do Candomblé e nem da Ubanda, mas sei que sou filho de Yemanjá e de Ogun, e que sempre tive uma atração misteriosa e sempre senti uma paz inigualável perto do mar.
Sempre gostei de rezar e pedir pelos outros, por desconhecidos, por pessoas que eu não sei quem são.
Sempre achei que um sorriso, uma gentileza e uma prece silenciosa vale mais que dinheiro para um irmão que me pede uma ajuda na rua. Eu sou filho do sincretismo, eu sou tudo e nada, e gosto de ser assim.
Voltando ao assunto, queria registrar que acredito que todas as religiões, que são alimentadas pela fé, na minha opinião, são baseadas, fundamentadas, no amor. E isso, pra mim, já é suficiente.
Todas, sem nenhuma exceção, trazem uma mensagem de fé, de amor, de esperança, e pregam uma vida mais solidária e humana e é a isso que devemos nos apegar, sem julgar, sem desmerecer, sem criticar.
Temos que respeitar para sermos respeitados. Temos que viver a nossa espiritualidade do modo que melhor nos aprouver, do modo que melhor ela nos conforte, de modo que sejamos cada vez melhores.
Assistir o programa sempre me emociona, vezes mais, vezes menos, mas sempre me emociona. Me passa verdade, me passa pureza, consegue, de uma forma inimaginável, decifrar as milhares de manifestações de fé que podemos ver mundo afora, respeitando a diversidade de manifestações e revelando a beleza da forma como os seres humanos têm dentro de si uma coisa naturalmente boa, naturalmente humana, naturalmente pura.
Nós somos feitos, em regra, de amor... só não temos as vezes tempo para perceber isso e muitas vezes temos vergonha e achamos demonstração de fraqueza sermos feitos de amor.
Espero que um dia cheguemos ao estágio de evolução em que todos vão perceber que quem ama é, realmente, muito mais forte do que quem odeia.
A dica de hoje é: tenha fé, ela conforta. Ache sua forma de buscar e expressar sua fé (e se não quiser se limitar a uma só, tenha várias!), mas sempre respeite a do outro, porque a forma de expressar a fé dele também tem o seu valor. Sinta... Ame, se deixe amar. Não odeie nada e nem ninguém...
Beijo pra quem é de beijo, abraço pra quem é de abraço, muita fé, paz e saúde é o que eu desejo a cada um de vocês.

Garoto Bacana

06 abril 2013

De reflexivo e de louco todo mundo tem um pouco!


Dia desses eu estava conversando com um amigo sobre a sanidade mental de uma colega nossa...
Eu perguntei o que ele achava dela, pois eu a achava extremamente interessante (sem segundas intenções)... Ele me disse imediatamente: - ela é louca!!!
Pergunte porquê da razão dele achar ela louca e ele me relatou o caso...
Disse que ela era apaixonada por um amigo dele, que pegava ela de vez em quando, dizia que queria namorar e levar algo a sério (mesmo sendo mentira) com ela, somente para que não houvesse a perda do interesse dela por ele, além de outros detalhes sórdidos que não indicavam a insanidade dela (muito pelo contrário) e que não vem ao caso agora.
Num dado momento foram os dois para uma mesma casa passar um feriadão com uma turma grande de amigos... Lá chegando ele disse a ela que queria curtir e que não queria ficar com ela, deixando-a arrasada.
Concluindo o raciocínio dele, ao constatar a insanidade da nossa colega, ele disse que eles foram a uma festa nesse mesmo feriadão e que ela viu ele com outra e começou a chorar destemperadamente, a dar escândalo, a se maldizer, a dizer que não merecia tanto desprezo do cara que ela tanto gosta... Nessa mesma festa se embriagou e disse querer tomar uma bala para esquecer tamanha dor.
Quando ele terminou confesso que eu fiquei com cara de "e cadê o final da história?"... Rsrsrsrs.
Percebendo que eu tinha sobrado tratei de me retificar soltando um efusivo e admirado: foi mesmo???
Mas confesso que do relato dele trouxe duas reflexões fortes sobre as reações humanas a alguns fatos...
Primeiro achei a reação dela mais do que natural... Só estranha o que ela sentiu quem nunca se apaixonou e não foi correspondido, nos outros casos acho até que há semelhança brutal nos sentimentos da colega com o da maioria das pessoas.
Talvez não tenhamos coragem de colocar pra fora e desabafar para não nos expormos mais ainda para pessoa que amamos e nem passar por ridículo (o tal do orgulho benéfico), mas fora essa coragem que ela teve de demonstrar o que estava sentindo em público não tiro em nada o que ela sentiu das vezes que eu me apaixonei e que não fui correspondido... Foi exatamente assim que eu me senti... Fraco, murcho, desinteressante, querendo me valer de qualquer coisa que tirasse aquela tristeza de dentro de mim...
Diferente de meu amigo não achei ela louca, achei ela corajosa... E por leves instantes tive inveja dela, de sua coragem, da forma como ela se expõe sem medo de julgamentos... Interessante isso, ela não era louca, era corajosa, verdadeira, explosiva, viva...
A segunda conclusão era a de que se ela era louca por esse motivo eu também deveria ser louco, porque já senti vontade de fazer tudo isso, só não fiz por um pretenso amor próprio, medo de julgamentos ou mesmo por covardia mesmo.
Mas o que eu tive mais certeza é que a gente tem que se blindar contra certos tipos de comportamentos, mormente aqueles que visam nos enganar e nos deixar presos em pessoas ou situações que a outra pessoa sabe não satisfazer as nossas expectativas.
A louca não era ela, mas sim ele... Ele era desumano, covarde, mesquinho, incapaz de amar, não estou julgando o rapaz, porque eu não sou santo, mas nessa análise esses adjetivos caberiam a ele como também já couberam a mim em algumas situações passadas de minha vida.
Já disse mais de uma vez aqui, e não me canso de repetir, que ninguém é obrigado a gostar de ninguém e nem retribuir o sentimento alheio na mesma intensidade e da mesma forma de que quem nos dispensa o sentimento quer... Mas acho que respeito a esse sentimento e às pessoas é dever de todos. 
Ora, não quer, avise... Tenho certeza que a pessoa não vai deixar de querer ficar com você no seu momento de carência porque você foi sincero e se deixar, paciência... Ela vai pelo menos ter o direito de saber no que está se metendo, do que esta fazendo parte, das suas intenções com ela.
E eu acho que com sinceridade tudo é valido e possível... Tanto na submissão quanto na intenção... cada um sabe onde seu calo aperta.
Mas enganar não tem desculpas!
Lições de hoje: 1-) eu sou louco também (se é que ela é louca); 2-) não ligue pro julgamento que os outros vão fazer de você, sempre terão duas vertentes; 3-) se blinde contra gente que não respeita o sentimento alheio e aprenda com a lição dos outros; 4-) respeite os sentimentos de quem te dispensa um sentimento bacana; 5-) seja fiel aos seus sentimentos e ame com intensidade.
Bem, dada a contribuição de hoje me resta despedir de vocês com um largo sorriso no rosto por ter aprendido o quão louco pode ser bom ser! Rsrsrsrs.
Saúde, felicidade e loucura para todos!

Garoto Bacana

17 novembro 2012

O que há em mim que nem eu mesmo sei.


Gosto de gente livre, sem amarras.
Gosto de quem presta atenção em artista anônimo.
Que ajuda desconhecidos.
De quem finge que não liga pro que vão falar ou pensar, mesmo que ligue.
Curto gente que é gente.
Que alimenta o intelecto.
Que presta atenção nos pequenos detalhes da vida.
Admiro companheirismo, gentileza e disponibilidade.
Gosto de quem se maravilha com coisas simples.
Que paquera discretamente e que dá um sorriso de volta.
Gosto de quem olha no olho.
Gosto de beijo no pescoço.
De carinho sincero, de devaneios.
Gosto de quem diz que ama.
Gosto de quem se permite e se entrega.
Gosto de admirar quem eu gosto.
De gostar de quem gosta de mim.
De olhares cúmplices.
De quem divide um pouco do muito que sabe comigo e que presta atenção no pouco que posso oferecer.
De quem não fala da vida dos outros porque está ocupado com a sua.
Gosto de sentir reciprocidade, de não estar só.
De saber que se preocupa, de estar na mesma intensidade.
Gosto de ligações tímidas, de mensagem de texto no telefone, de e-mail, de atenção.
Acho lindo esforço para estar junto.
Gosto quando ações falam mais que as palavras.
Quando os gestos e o silêncio falam por si sós.
Gosto de saber que se é, mesmo sem nunca se ter sido, pois para se ser tem que se dar, tem chorar, tem que amar, tem que sofrer.

Garoto Bacana (homenagem ao 16 de novembro de 2012)