07 dezembro 2010

Os Ciclos se fecham, mas o amor não morre...


Hoje me dei conta de uma verdade intensa e inteira. Por mais avisada que ela fosse nunca a tinha sentido tão forte... a verdade dos ciclos, e além disso, a importância desses ciclos em nossas vidas.
Como sempre a reflexão vem de um fato, e o fato foi a morte de um antigo amigo, que atualmente era um conhecido... estávamos distantes e longe um do outro, sem qualquer vínculo dele comigo, tal como sou hoje, nem meu com ele, tal como ele era pouco antes de morrer, mas com muitas histórias vividas e momentos compartilhados em outros momentos de vida tanto meu como dele.
Tudo começou no velho e bom orkut, outra antiga amiga fez uma homenagem a esse amigo... Meu Deus, velhas fotos, velhos amigos, velhas lembranças, e lá estava eu, no meio de tudo aquilo, nos idos dos meus 13 ou 14 anos, no máximo.
Como foi interessante ver aquela foto... como foi interessante ver meus antigos amigos, e eram amigos mesmo... saíamos religiosamente todos os finais de semana, nos víamos TODOS os dias no colégio ou nos incontáveis churrascos que fazíamos na casa de outra colega.
Tantas divagações, tantos risos, tantos segredos de adolescente compartilhados, quantos amores, quantas paixões, quanta cumplicidade... 
Saber que todos crescemos, que tomamos nossos rumos, que alguns ainda se vêem e são amigos (mas não eu), saber que um de nós morreu... tudo isso poderia me levar a um sentimento de depressão e de tristeza, mas não foi o caso, talvez um bucolismo, um saudosismo sadio, mas nunca tristeza, ressentimento, arrependimento...
Refletindo sobre esse inusitado sentimento de "bucolismo" eu cheguei à conclusão de que assim foi pelo fato de que o amor não morreu, ele se transformou, se transmudou, talvez por causa da ausência, da distância, da azáfama do dia a dia, talvez porque sou outra pessoa, que não aquele moleque adolescente, mas pude ter certeza e agora afirmar: o amor não morreu!
E fui pesquisar porquê. 
Refletindo vi que amei cada um dos meus amigos com a maior intensidade que poderia, que fiz por eles o que estava ao meu alcance, que deixamos de nos falar não por brigas ou ressentimentos, mas por fatores alheios às nossas vontades, advindos do amadurecimento, das responsabilidades, do rumo que a vida toma... percebi que sentia saudades de um tempo que passou, que tive vontade de revê-los, de saber como a vida deles anda, mas que não tive a sensação de que "eu deveria ter feito ou dito aquilo...", acho que vivi intensamente a amizade e quando acabou, se é que acabou, ela ficou meio que eternizada em um formol, no formol das boas lembranças e das relações saudáveis exauridas pelo tempo e pelas circunstâncias da vida.
Desse fato parei e repensei em tantos outros amigos e companheiros de jornada que eu tive e que hoje estão distantes, mas que meu amor por eles continua vivo, ele não morreu!
Depois desses meus amigos de colégio tive amigos de praia, amigos de bar, amigos de amizade, amigos de faculdade, amigos de estágio, amigos de trabalho, amigos de quando fui morar só, longe de casa e de meus pais, amigos de amigos (que se tornaram mais meus amigos que dos meus amigos), e que de cada turma dessas ficaram alguns bons e velhos companheiros de vida, que estão sempre mais próximos ou mais participativos nos meus eventos diários, mas que não ofuscam a importância e o brilho de cada um daqueles outros que passaram pela minha vida, pela minha história e que por um motivo ou outro estão ou ficarão mais distantes fisicamente de mim.
Tudo na vida é um ciclo, começa, termina, e começa novamente, com outros personagens, com outros sentimentos, mas sempre em ciclos, que entendi hoje, devemos respeitar e aprender com eles e extrair o que mais interessante for para o nosso amadurecimento pessoal.
Poder amar é a coisa mais sublime que o ser humano pode sentir e quanto mais amor se sente mais feliz se é.
Destas observações eu terminei chegando à conclusões ímpares e adoráveis da minha vida: um, eu acho que vivi intensamente todos os meus "amigos" e turmas, e hoje eu sinto "bucolismo" daquela época, o que me faz crer que eu consegui extrair a beleza das pessoas que passaram pela minha vida e dos momentos que vivi; dois, amar sempre faz bem, não importa quando, nem onde e nem quem, tudo tem uma razão; três, ame seus amigos e diga a eles que os ama, para não se arrepender por não ter dito (isso é clichê, mas é verdade!), não presuma que eles sabem de seu amor; quatro, aceite que a vida é feita de ciclos, e que pode ser que nem tudo dure pra sempre, mas deseje que as coisas durem o tempo certo para que você aprenda alguma coisa com elas; cinco, dos amigos que você tem na vida traga perto de você alguns companheiros de jornada, mas não despreze o que você aprendeu com os que estão distantes ou ausentes atualmente; seis, ame e viva cada momento seu com seus amigos de forma intensa e; sete, sinta orgulho de olhar pra trás e ver que você conseguiu tudo isso em sua vida.
Se você não se sente assim hoje, não tem problema, se acha que quer se sentir, comece a se portar assim diante de suas amizades. Se não se sente e nem quer se sentir, também perfeito, lembre-se que na vida devemos buscar a nossa felicidade e que não há fórmulas certas e acabadas pra felicidade, cada um acha a sua de seu modo.
Ou seja, seja feliz a seu modo, não use idéias prontas dos outros, busque as suas verdades, que podem ou não coincidir com o que está escrito aqui, se você ler e refletir sobre sua felicidade e der um passo no sentido dela já estarei satisfeito com o post... rsrsrs.
Então é isso aí... felicidades a todos e uma boa noite!

Garoto Bacana



Nenhum comentário:

Postar um comentário